Brasileira desabafa sobre agressão em jogo da Superliga de Vôlei Feminino
Central foi incisiva ao comentar novamente caso de agressão durante jogo
A bicampeã olímpica Thaisa desabafou após jogo entre Osasco e Minas, pela Superliga de Vôlei Feminino, realizado na sexta-feira (6). Um dos torcedores presentes no ginásio arremessou um lança confete na direção da central e da colega de equipe Kisy.
— É muito triste vir a um clube em que joguei muitos anos, em que conquistei um campeonato mundial e receber uma agressão, tacarem coisa na gente. É a segunda vez que eu estou jogando contra (o Osasco) e acontece esse tipo de coisa. Isso é triste. Já fizeram muita coisa de ofensa com a Adenízia também, que jogou por anos aqui — contou Thaisa.
Atualmente no Minas Tênis Clube, Thaisa passou boa parte de sua carreira no Brasil defendendo as cores do Osasco. A central jogou pela equipe de 2008 a 2016, quando se transferiu para o vôlei turco. Ainda na entrevista após a partida, a jogadora ressaltou a importância de registrar este tipo de acontecimento na súmula. Mas isso não aconteceu.
O Osasco postou um pronunciamento oficial nas redes sociais sobre o caso. Confira abaixo:
Thaisa comenta caso de agressão em Osasco e Minas, pela Superliga
Após a declaração do Osasco, Thaisa foi às redes sociais, na manhã de sábado (7), e se pronunciou novamente sobre o caso. Nos vídeos, a central marcou a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e reiterou como o caso traz consequências sobre o psicológico das jogadoras.
— Essa nota de esclarecimento que deram, falando que retiraram o torcedor, é mentira. Depois que acabou o jogo, eu recebi o troféu Viva Vôlei, fui cumprimentar a torcida e ele estava lá sentado. Eu vi quem jogou (o objeto). Ele jogou e ficou sentado, com umas pessoas tentando escondê-lo. Mas ele ficou no mesmo lugar, onde ele já estava. Até o momento em que saí da quadra, ele ficou lá. Eles (Osasco) estão tentando minimizar a situação. Então, CBV, vocês precisam intervir, porque não foi só comigo, já aconteceu outras vezes comigo mesma e com outras jogadoras — disse a bicampeã olímpica.
— Já basta a agressão verbal que eles fazem. Mas aí você vai falar: 'Beleza, torcida, deixa para lá', mas a agressão física de jogar coisas para machucar o atleta já está passando de todos os limites. Você quer torcer, então tem que saber torcer. Psicologicamente para uma atleta faz muito mal. Imagina a Kisy ou qualquer outra atleta irem lá? Vão ficar com medo de receber alguma coisa, de acertarem outra parte do corpo, com medo da torcida, com medo de sair e, lá fora, receber qualquer outro tipo de agressão. Isso é inaceitável, de verdade — completou.
Thaisa recebeu o prêmio Viva Vôlei de melhor jogadora da partida entre Osasco e Minas. Apesar de estar jogando fora de casa, o time mineiro venceu a partida, de virada, por 3 sets a 2.