CSA enfrenta caos financeiro, suspeitas de corrupção e abandono estrutural
Presidente interino Ney Ferreira revela dívidas, irregularidades e deterioração das instalações após rebaixamento do clube

O CSA vive um dos momentos mais críticos de sua história recente. Em coletiva realizada nesta segunda-feira (22), o presidente interino Ney Ferreira, ao lado de membros da comissão de investigação, expôs um cenário preocupante que mistura dívidas crescentes, desorganização administrativa, suspeitas de corrupção e abandono da estrutura física do clube.
Segundo os dados apresentados, o passivo financeiro já ultrapassa R$ 1 milhão, valor que aumentou drasticamente em poucos dias, revelando a existência de contas ocultas e uma contabilidade desatualizada. A cada nova verificação, surgem cobranças que não haviam sido registradas, o que reforça a hipótese de que parte das finanças foi conduzida à margem dos controles oficiais.
Além disso, a comissão revelou que premiações foram pagas a jogadores em valores considerados incompatíveis com a realidade do clube. Houve casos de "bichos" que chegaram a R$ 60 mil, enquanto atletas e membros da comissão técnica seguem com o 13º salário de 2024 em aberto. O mais grave é que os pagamentos foram realizados por meio da conta bancária de um ex-diretor, sem qualquer comprovante de repasse aos beneficiados, levantando suspeitas sobre o real destino do dinheiro. Ferreira também relatou que, após a partida contra o Brusque, que selou o rebaixamento do CSA, documentos desapareceram do centro de treinamento.
No dia seguinte, todas as imagens das câmeras de segurança foram apagadas e oito dos vinte equipamentos simplesmente sumiram. O HD com as gravações foi enviado para perícia. A estrutura do clube também chama atenção pelo abandono: infiltrações, banheiros danificados, cozinha deteriorada e vestiários da base em péssimas condições foram mostrados em fotos e vídeos.
Contratos irregulares e empréstimos não autorizados
Outro ponto crítico envolve o contrato com a fornecedora de material esportivo. O acordo previa o fornecimento de 5 mil peças ao longo de 2025, mas só no primeiro semestre, o clube já havia usado quase 7 mil, sem justificativa plausível para o consumo acima do previsto. Além disso, há indícios de que ex-dirigentes receberam comissões de patrocinadores por fora, utilizando empresas próprias como intermediárias.
Ainda mais grave foi a descoberta de empréstimos feitos com agiotas, prática ilegal e realizada sem aprovação do Conselho Deliberativo. Ferreira questionou quem irá arcar com esses débitos, dado que não há registro formal das negociações nem respaldo institucional. Diante de todas essas irregularidades, a diretoria anterior foi afastada sob acusação de gestão temerária. Segundo a comissão, as investigações ainda estão em andamento, e o acesso à contabilidade completa segue limitado.
Para Ney Ferreira, a intervenção foi necessária para evitar um colapso total: "Se a gente não tivesse entrado, só Deus sabe onde o CSA ia parar", afirmou. A nova gestão tenta agora organizar a casa, identificar os responsáveis e impedir que o clube continue afundando no caos financeiro e institucional em que se encontra.
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