Alagoas

Endividamento e inadimplência do consumidor crescem em abril, diz Fecomércio

Por Redação com assessoria 28/04/2016 19h07
Endividamento e inadimplência do consumidor crescem em abril, diz Fecomércio
- Foto: Assessoria Fecomércio

Após dois meses de redução do nível geral de endividamento, uma pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento de Alagoas (IFEPD/AL), em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), apontou que o endividamento do consumidor maceioense cresceu 0,7% em relação ao mês de março, somando 64,5%.

Do total de endividados, 24% consideram que estão muito endividados. Já 18,6% se consideraram mais ou menos endividados. Uma parte dos entrevistados, 21,8%, afirmou durante a pesquisa que estão pouco endividados. Por fim, 35,2% não possuem dívidas de nenhuma espécie.

A maior parcela das dívidas dos maceioenses está concentrada no uso do cartão de crédito, representando 86,7%, devido à explosão de ofertas de cartão de crédito por financeiras, grandes lojas e bancos durante os últimos anos. Os carnês de loja, seguido do crédito pessoal são formas de endividamento bastante utilizadas.

O levantamento indica redução da parcela de consumidores com contas em atraso e inadimplentes. Os dados apontam para um aumento do número de consumidores que possuem dívidas, mas que pagam em dia. 

Com relação ao mesmo período do ano passado, houve um crescimento de 2,5% do total de endividados. Um aumento de 10,3%. dos consumidores com contas em atraso e um aumento de 6%. das famílias inadimplentes. Já os endividados com condições de pagamento reduziram em 14,8%, considerando março de 2016 com o mesmo período do ano anterior.

A pesquisa considera as dívidas com o uso do cartão de crédito, de financiamento de carros, imóveis, carnês de loja, empréstimo pessoal. “Não podemos levar como ponto negativo o endividamento das famílias, pois sinaliza maior consumo. O problema não é a dívida em si, mas o comprometimento da renda em relação às dívidas, o atraso e a inadimplência. Esta última pode ser consequência da desorganização financeira ou do desemprego”, explicou o economista do IFEPD, Felippe Rocha.

Segundo Felippe, os dados para o mês de abril demonstram uma retomada tímida de consumo. Para ele, a campanha Liquida Geral Alagoas teve interferência positiva quando conseguiu movimentar no comércio R$ 32 milhões com descontos de até 70% nas lojas participantes. “O Dia das Mães deve contribuir com o consumo e, praticamente, emendar esse período de compras com a campanha que encerrou da Liquida”, afirmou.