Operação Taturana: desembargador decide adiar julgamento marcado para quinta-feira
Fernando Tourinho informará a nova data para julgamento até a próxima sexta-feira (30)
O desembargador Fernando Tourinho, que pediu vistas dos autos do processo da "Operação Taturana", informou que não será possível levar o processo a julgamento nesta quinta-feira (29). Tourinho ressalta a complexidade do processo, que tem quase 14 mil páginas. O desembargador informará a nova data para julgamento até a próxima sexta-feira (30).
O magistrado alegou, através da assessoria do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), que há muitos artifícios para serem analisados em quase 14 mil páginas de documentos. O caso só voltará a ser analisado após o pleito eleitoral que acontece neste domingo (2).
O caso
O esquema criminoso deixou um rombo de R$ 300 milhões de reais aos cofres públicos. À época, em 2003 e 2004, os então candidatos à prefeitura por Maceió teriam realizados empréstimos em seus nomes ao Banco Rural - sendo este também indiciado nas fraudes-, nos valores de $195.572,54, feito pelo deputado federal Cícero Almeida, e R$ 30 mil, realizado pelo também deputado federal Paulão.
Os empréstimos pessoais e indevidos levaram à prisão 40 pessoas, em 2007. Quem pagou toda esta conta foi a Assembleia Legislativa.
Outro nomes também fazem parte da condenção por participação no esquema de corrupção. São eles: Celso Luiz Brandão, José Júnior de Melo, Manoel Gomes de Barros Filho, Cícero Amélio da Silva, Edwilson Fábio de Melo Barros, Fernando Juliano Gaia Duarte, Marcos Antônio Ferreira Nunes, Antônio Aroldo Cavalcante Loureiro, Cícero Ferro, Arthur Lira, Maria José Pereira Viana, João Beltrão Siqueira, José Adalberto Cavalcante Silva.
Dos desvios
Segundo a PF afirma no relatório final da 'Operação Taturana', estima-se que, no período investigado, o dano causado aos cofres da ALE tenha alcançado a soma de R$ 254.340 milhões. Destes, R$ 209 milhões foram consumidos no desvio de recursos da folha de pagamento da ALE; R$ 22 milhões estiveram relacionados com a apropriação indébita previdenciária; outros R$ 19.320.000,00 relacionados a malversão da verba de gabinete e cerca de R$ 4.000.000,00 foram desviados com o esquema da orientação de despesas não autorizadas por lei.