Tribunal do Júri julga acusado de tentar matar agente de segurança
Sessão está sendo conduzida pela juíza Lorena Carla Sotto-Mayor, no Fórum da Capital; réu Wellington Pedro é acusado de tentativa de homicídio qualificado
O 1º Tribunal do Júri de Maceió julga, na tarde desta terça (4), o réu Wellington Pedro da Silva, de 21 anos, acusado de tentar matar o agente de segurança Clóvis Artur de Lima e Silva, durante tentativa de fuga da Unidade de Internação de Jovens Adultos (Uija), em abril de 2014. O julgamento começou às 14h30 e deve terminar por volta das 19h30.
Questionado pela juíza, o acusado negou ter praticado o crime. “Não entendo por que estou sendo acusado. Havia vários adolescentes e estava acontecendo uma tentativa de fuga. Eu nem vi o senhor Clóvis. Nunca tive nenhuma discussão ou problema com ele também”.
Segundo o promotor de justiça Anderson Cláudio de Almeida Barbosa, o acusado demonstra que não pode estar em sociedade e que deve permanecer preso. “O que ocorreu foi uma tentativa de homicídio qualificado, e que a vítima não morreu por intervenção dos outros agentes de segurança e pelo uso do colete balístico”.
A tese da defesa é a de negativa de autoria. “Não há qualquer tipo de prova documental ou testemunhal de que o réu foi o autor do ato. Inclusive ele [vítima] diz que foi furado com uma haste de ventilador, e não foi feita perícia nenhuma, nem uma simples perícia de impressão digital para que se pudesse efetivamente provar a existência da autoria”, disse o advogado Carlos Ângelo.
O caso
De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP/AL), um grupo conseguiu abrir o cadeado de um dos módulos da unidade e tentou empreender fuga. Nesse momento, Wellington da Silva, ao encontrar o agente, o teria atacado com um objeto pontiagudo.
Os golpes foram desferidos contra o peito da vítima, que não veio a falecer porque estava usando um colete balístico no momento e também porque outros seguranças detiveram o acusado.