Soldado acusado de envolvimento na morte de servidora pública é julgado
Renato Paixão estaria junto com o sobrinho da vítima, Klinger Pinheiro, que já foi condenado como mandante do crime
O 1º Tribunal do Júri de Maceió julga, desde a manhã desta sexta-feira (21), o soldado do Exército Renato Antônio da Paixão Cavalcante, acusado de envolvimento na morte da servidora pública Quitéria Maria Lins Pinheiro, ocorrida em agosto de 2012, na Capital.
Outro dois acusados, Klinger Lins Pinheiro Dias, sobrinho da vítima e tido como o mandante do crime, e Mustafá Rodrigues, executor do assassinato, já foram julgados e condenados, em 2014. A sessão, que teve início às 8h, no Fórum da Capital, está sendo presidida pela juíza Lorena Carla Sotto-Mayor, titular da 7ª Vara Criminal, e tem previsão de término por volta das 17h.
Durante o julgamento, o réu disse que Klinger o chamou para sair, junto com outros colegas, mas que antes passaram na residência de Quitéria. “Eu fiquei no carro e eles entraram, porque o Klinger disse que ia pegar algumas roupas na casa da tia e depois a gente ia sair. Não tenho nenhuma participação nesse crime, eu não sabia que isso estava planejado”, afirmou.
De acordo com a denúncia do Ministério Público de Alagoas (MP/AL), o homicídio foi motivado pela cobrança de uma dívida que Klinger e a mãe dele, Luciana Lins Pinheiro, tinham com a vítima.
Para o promotor de Justiça Anderson Cláudio de Almeida Barbosa, o réu sabia desde o início do crime. “O MP/AL espera e tem a certeza de que o réu será condenado da mesma forma que outros assim já foram. A sociedade não pode mais ser complacente com homicidas, com aqueles que não respeitam a vida, aqueles que não dão nenhum valor à vida de um ser humano”, disse.
Já a defesa do acusado sustentou a tese de negativa de autoria. “Ele [Renato Paixão] inicialmente foi colocado como testemunha ocular do fato, e doravante, quando da identificação dos demais envolvidos que teriam efetiva participação, é que ele foi colocado na situação como sendo coautor do fato. Que hoje a sociedade possa enfim decidir pela ausência total de culpa desse cidadão, que inclusive ficou três anos e oito meses preso cautelarmente, antes de ser julgado”, disse o defensor público Ryldson Martins Ferreira.
Uma das testemunhas ouvidas no julgamento, Sandra Maria Lins Pinheiro, irmã da vítima, contou que Quitéria ajudava financeiramente toda a família, inclusive a irmã Luciana Pinheiro, que responde processo por, supostamente, também ser mandante do assassinato. "Foi um crime bárbaro. A única coisa que eu sei desse rapaz [Renato Paixão] é que ele estava junto com o Klinger quando isso aconteceu".
Klinger Pinheiro e Mustafá Rodrigues foram condenados a 20 anos e dez meses de prisão e 21 anos de reclusão em regime fechado, respectivamente.
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