Jovem que jogou 'dólar' em Cunha tem ação suspensa
O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que pode levar diversas pessoas consigo à prisão, teve um pequeno revés em sua tentativa de imputar crime ao manifestante que arremessou um chumaço de cédulas falsas em sua cara.
O protesto aconteceu há quase um ano, em novembro, quando Cunha ainda era o todo-poderoso presidente da Câmara dos Deputados e seu processo de cassação —consumada no mês passado— tinha apenas um dia de existência.
Thiago Ferreira, um dos coordenadores nacionais do Levante Popular da Juventude, esperou Cunha dar início a uma entrevista coletiva dentro do Salão Verde da Câmara antes de encenar o seu protesto, que foi registrado por fotógrafos e cinegrafistas.
Além da chuva de notas com o desenho do rosto do deputado, o manifestante gritou: "Trouxeram sua encomenda da Suíça!".
Cunha proibiu no dia seguinte a entrada de pessoas não credenciadas no salão e entrou com representação contra Thiago Ferreira, também conhecido como Thiago Pará, no Juizado Especial Criminal, voltado para casos de menor potencial ofensivo.
Como era uma autoridade, o peemedebista pôde deixar a acusação de injúria qualificada a cargo da Promotoria.
A denúncia formal, no entanto, não chegou a ser apresentada à Justiça.
Como Thiago é réu primário, pode receber e aceitar uma proposta de "transação". Significa que, na prática, a ação foi suspensa por dois anos. O desfecho do caso ocorreu em setembro.
Se o manifestante não se envolver em mais nenhum problema na Justiça, o processo será extinto. Caso isso não aconteça, o promotor ainda terá que avaliar se vai entrar com uma denúncia.
Ainda assim, Thiago não está satisfeito com o que vê como uma "Justiça desigual", que foi mais rápida para exigir explicação dele que de Cunha, preso na última quarta-feira (19) na Operação Lava Jato e levado à carceragem da Polícia Federal no Paraná.
"Eu, por ter jogado dinheiro falso nele, fui convocado a dar esclarecimento muito antes dele, que saqueou milhões de reais do país", disse, sobre o motivo do descontentamento.
"A gente fez um processo pacífico, democrático e, ainda assim, nós fomos convocados pela Justiça a dar explicações muito antes."
Procurada, a defesa do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou que não irá se manifestar sobre o caso.
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