Justiça

?Juiz Braga Neto classifica como “estúpida” acusação feita pelo presidente do Sindapen

Para magistrado, denúncia de favorecimento a facção criminosa é irresponsável e seria uma retaliação pelo trabalho desenvolvido na Vara de Execuções Penais

Por Redação com assessoria 09/01/2017 16h04
?Juiz Braga Neto classifica como “estúpida” acusação feita pelo presidente do Sindapen
Magistrado rebateu as acusações feitas na manhã desta segunda-feira (9) - Foto: Itawi Albuquerque

O juiz José Braga Neto, da 16ª Vara Criminal de Maceió (Execuções Penais) classificou como “estúpida” e “irresponsável” a acusação feita pelo presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen), de que ele favoreceria líderes de uma facção criminosa que se encontram no sistema prisional do Estado. O magistrado disse ter sido surpreendido com a denúncia e que entrará com as ações cabíveis contra a entidade.

“Atribuir a mim e a meu filho qualquer ligação com facção criminosa é uma estupidez sem limites. Nós tomamos posições sérias. Desafio qualquer pessoa e peço até que a Corregedoria verifique na Vara de Execuções Penais qualquer decisão duvidosa”, afirmou.

Para o juiz, as acusações feitas por Kleyton Anderson, presidente do Sindapen, são uma retaliação pelo trabalho desenvolvido na Vara de Execuções Penais. “Eu combato firmemente a corrupção no sistema prisional e ninguém pode negar que a corrupção, na sua grande maioria, é feita por alguns agentes penitenciários. Eles não podem negar, não podem encobrir essa situação”, ressaltou.

Ainda segundo Braga Neto, há agentes que deixam passar armas, drogas, bebidas alcoólicas e telefones celulares. “Alguns fazem isso porque não são fiscalizados quando adentram no sistema prisional. Entram simplesmente com o que querem”.

O juiz esteve, na tarde desta segunda-feira (9), com o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), Otávio Leão Praxedes, que demonstrou solidariedade ao magistrado. “O desembargador pediu que eu tomasse as providências que o caso requer. Pretendo entrar com as ações cabíveis, tanto na esfera cível quanto na criminal”, afirmou.