Alagoas

IMA investiga alterações de temperatura e coloração em rios de Alagoas

Por Redação com assessoria 09/01/2017 17h05
IMA investiga alterações de temperatura e coloração em rios de Alagoas
Denúncia de mortandade de peixes no Rio Camaragibe alertou equipes de fiscalização do IMA - Foto: Ascom IMA

Só na primeira semana de janeiro, o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL) recebeu duas denúncias relativas a uma possível contaminação de dois corpos hídricos na região Norte do Estado. A primeira denúncia foi referente à mortandade de peixes no Rio Camaragibe e a segunda indicou uma mudança de cor em um riacho após a ponte do Pratagy.

O Laboratório de Estudos Ambientais do Instituto está analisando as amostras dos dois casos e um dos resultados deve sair ainda nesta quarta-feira (11).

Na quinta-feira (5), uma equipe do laboratório foi até o município de Matriz do Camaragibe, para coletar amostras de um trecho do Rio Camaragibe, próximo à uma usina de cana-de-açúcar existente na região para saber se houve despejo de efluentes sem tratamento no leito.

Os resultados da coleta devem sair nesta quarta-feira (11), mas, segundo Manuel Messias, gerente do laboratório do órgão, a temperatura medida pelos técnicos durante a vistoria já indica impacto ambiental.

“Esse impacto é causado pela alta temperatura dos efluentes que a usina lança naquele corpo hídrico. Independente do laudo de quarta-feira, que dirá o tipo de efluente lançado, a usina deverá responder por essa alteração”, explicou o gerente.

Rio rosa

Na tarde desta segunda-feira (9), técnicos do IMA colheram amostras de um riacho que fica na entrada do Povoado da Boca do Rio, após a ponte do Pratagy. Técnicos do laboratório foram ao local após receber fotos que mostram a mudança da coloração do rio para um tom rosado. 

Uma equipe de fiscalização também esteve no local e já tem indícios do que pode ter causado o problema.

“Iremos avaliar se há contaminação por produtos químicos e, só após os resultados, saberemos as causas do problema e se a situação se trata de um crime ambiental”, afirmou Manuel Messias. O resultado das análises deve sair na próxima semana.