Vigilância Epidemiológica faz campanha de combate à hanseníase
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Coordenação de Vigilância Epidemiológica e do Programa de Combate à Hanseníase, realiza, ao longo desta semana, atividades em alusão ao Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase, em 29 de janeiro. As ações têm o objetivo de reforçar a prevenção da população contra a hanseníase, divulgando sinais e sintomas da doença, detectando novos casos e resgatando casos em abandono.
Segundo a técnica do Programa Municipal de Hanseníase Quitéria Vânia Bernardino, as unidades devem realizar atividades como palestras em sala de espera, distribuição de material educativo que possibilitem a divulgação de sinais e sintomas da doença, levando informações à população. “Com informação, é possível reduzir o estigma da doença e melhorar a detecção de novos casos. Este é um importante momento de visibilidade do problema e sensibilização da população sobre a doença”, explicou.
Neste ano de 2017, a campanha tem como tema central “Hanseníase: quanto antes você descobrir, mais cedo vai se curar”. É um importante momento para dar maior visibilidade ao problema, no sentido de sensibilizar, mobilizar e conscientizar toda a sociedade sobre a hanseníase, que em pleno século XXI ainda se coloca como grave e real problema de saúde pública, pois, mesmo sendo uma doença que tem cura e cujo tratamento gratuito é realizado nas unidades básicas de saúde de todo o país, apresenta-se com alto poder de causar incapacidade física, atingindo cerca de 20 mil pessoas por ano no Brasil.
A doença
A hanseníase é uma doença infecciosa causada por um bacilo que acomete a pele e os nervos. A forma de contágio ocorre a partir de pessoas doentes que não estejam em tratamento, por intermédio das vias aéreas superiores (ao falar, tossir ou espirrar). Os sintomas são manchas brancas ou avermelhadas na pele, com alteração de sensibilidade, perda de pelos, caroços pelo corpo, inchaço na face e nas orelhas.
Quando não diagnosticada e tratada precocemente, a hanseníase evolui para incapacidades físicas. Atualmente, a doença tem cura, com medicamentos gratuitos disponibilizados na rede do SUS, cujo tratamento varia de seis meses a um ano, dependendo da quantidade de bacilos e lesões.
Tratamento na Atenção Básica
A hanseníase tem cura, o tratamento é feito nos serviços de saúde e é gratuito. Após iniciado o tratamento, a pessoa para de transmitir a doença quase imediatamente. Quanto antes for feito o diagnóstico, mais rápida e fácil também pode ser a cura da doença. O tratamento é feito por via oral, pela poliquimioterapia (PQT), uma associação de medicamentos que evita a resistência do bacilo e deve ser administrada por seis meses ou um ano, a depender do caso.