Justiça

TJ/AL analisa denúncia de homicídio qualificado contra deputado alagoano

João Beltrão é acusado pelo Ministério Público de ser o mandante do crime que vitimou Dimas Holanda

Por Redação com TJ/AL 13/03/2017 16h04
TJ/AL analisa denúncia de homicídio qualificado contra deputado alagoano
João Beltrão - Foto: Ascom ALE

O Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) analisa denúncia de homicídio contra o deputado estadual João Beltrão de Siqueira, nesta terça-feira (14). O deputado é acusado da morte do bancário Dimas Holanda. Se o Tribunal decidir pelo recebimento da denúncia, João Beltrão se tornará réu e o processo terá sequência.

O Ministério Público de Alagoas (MP/AL) acusa o deputado de ser o autor intelectual do homicídio, que seria duplamente qualificado devido ao motivo fútil e ao uso de recurso de dificultou a defesa da vítima. A denúncia que será analisada nesta terça foi oferecida pelo MP/AL em dezembro de 2016.

Outra denúncia havia sido apreciada pelo Tribunal entre os anos de 2011 e 2012, mas o Pleno a rejeitou por maioria de votos, apontando a nulidade da investigação e determinando o desentranhamento de todos os atos investigatórios produzidos sem autorização da Corte de Justiça. O desembargador João Luiz Azevedo Lessa é o relator da ação.

Crime

O crime ocorreu no dia 3 de abril de 1997, por volta das 17h30, no bairro Santo Eduardo, em Maceió. Segundo a denúncia do MP/AL, Daniel Luiz da Silva Sobrinho, Eufrásio Tenório Dantas, Paulo Nei Moraes, Paulo Pereira dos Santos e Valdomiro dos Santos Barros, a mando de João Beltrão, teriam promovido a execução da vítima, que foi surpreendida em seu veículo com disparos de arma de fogo, causando-lhe a morte.

A peça acusatória afirma que João Beltrão foi o mandante do assassinato de Dimas de Holanda em razão de ciúme de Clécia Madalena de Oliveira, com quem mantinha um relacionamento extraconjugal na época dos fatos. Clécia Madalena teria reclamado ao seu suposto amante, João Beltrão, que a vítima estaria, insistentemente, assediando-a, fato que lhe teria causado aborrecimentos.

Os supostos autores materiais do crime teriam uma relação de proximidade com o deputado João Beltrão, de amizade ou por vínculo de trabalho/prestação de serviços.