Alagoas

Casos de HIV em Maceió têm aumento no primeiro trimestre de 2017

Por Laíse Teixeira com Assessorias 23/03/2017 11h11
Casos de HIV em Maceió têm aumento no primeiro trimestre de 2017
Ter HIV não significa ter necessariamente AIDS - Foto: Internet

De 1986 até dezembro de 2016 foram registrados em Alagoas 5.833 casos de AIDS, já em relação a ocorrências de HIV foram 1.557 entre 2014 a dezembro de 2016. Deste total, 1999 são mulheres que possuem AIDS e 640 casos de HIV notificados no sexo feminino, os dados são da Secretaria de Saúde do Estado de Alagoas (SESAU).

Entre 2015 e 2016 houve um discreto aumento no número de casos. Em 2015, foram 302 casos foram registrados e no ano passado, 323 registros. Segundo os dados da Sesau, a faixa etária são mulheres entre 20 a 39 anos.

Maceió

Já em Maceió, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) houve uma redução número de casos registrados de AIDS entre 2015 (169 episódios, sendo 122 do sexo masculino e 47 são feminino) e 2016 (foram 159 ocorrências, destas 98 são homens e 61 são feminino). O número de óbitos também diminuiu. Em 2015 foram 53, já em 2016, 25.

De acordo com a SMS, houve um aumento no número de pessoas infectadas com vírus HIV, entre 2015 e 2016, 79 notificações novas registradas no ano passado. 

Nos primeiros meses de 2017, foram registrados de 18 casos de AIDS, sendo 13 homens e cinco mulheres, com a confirmação de três óbitos, já os dados do vírus HIV são de 53, sendo 36 do sexo masculino e 17 do feminino.

Segundo a SMS, levando-se em consideração apenas o 1º trimestre para um comparativo, os registros de 2016 foram os seguintes: 78 casos de infecção pelo HIV e 36 casos de Aids.

A SMS informou que desde o início do ano até o dia seis de março foram realizados 225 testes rápidos nas unidades de saúde, também nesse período 140 testes de fluido oral também foram realizados.

Assistência

O governo oferece assistência para quem é portador do vírus e da doença. Elas são atendidas em serviços especializados em AIDS. Por exemplo, caso esteja grávida, durante o pré-natal, ocorre quimioprofilaxia para evitar a transmissão vertical, de mãe para filho, além do fornecimento da fórmula infantil até o primeiro ano de idade para crianças com mães portadoras do HIV e da AIDS. Também há distribuição dos anti retrovirais.

As pessoas que são portadoras do HIV e da AIDS podem pegar a medicação, em Maceió, no Serviço de Referência do Hospital Escola Hélvio Auto, no PAM Salgadinho e no Hospital Universitário. Em Palmeira dos Índios, no Centro de Especialidades.

Ao descobrir que é portador do HIV ou da AIDS, a pessoa tem que realizar o uso imediato do preservativo e procurar um serviço de saúde para complementação do diagnóstico e assim realizar o seu tratamento e o acompanhamento adequado.

Preservativo

Segundo a Sesau, apesar de muitas informações sobre importância do uso do preservativo, inúmeros fatores como a baixa escolaridade, exclusão social, tabus, baixa percepção de vulnerabilidade, falta de habilidade em usar o preservativo e preconceitos fazem com que as pessoas não utilizem o método para evitar a transmissão do vírus.

Teste

Em Maceió, os pontos de teste rápido para detectar se o paciente é ou não portador do vírus são o PAM Salgadinho, Hospital Hélvio Auto, Hospital Universitário e em todas as Unidades Básicas de Saúde do município.

AIDS

A Síndrome da Imunodeficiência Humana, mais conhecida por AIDS é causada pelo vírus HIV e recebe este nome por destruir o sistema imunológico. A AIDS se caracteriza pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e também pelo aparecimento de doenças chamadas oportunistas.

Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.

Há muitas maneiras de contrair o vírus e consequentemente desenvolver a doença, como sexo sem camisinha (pode ser vaginal, anal ou oral), de mãe infectada para o filho ainda durante a gestação, através do parto ou da amamentação, ao realizar o uso da mesma seringa ou com agulha contaminada por mais de uma pessoa, transfusão de sangue e instrumentos que furam ou cortam e que não são esterilizados, por exemplo.

O uso da camisinha em todas as relações sexuais é indispensável para não ser contaminado pelo vírus, assim como não compartilhar seringas, agulha e outros objetos cortantes com outras pessoas. O preservativo está disponível na rede pública de saúde. Caso não saiba onde retirar a camisinha, ligue para o Disque Saúde (136).