Equador aprova pedido de expulsão da Odebrecht do país
A Assembleia Nacional (Parlamento) do Equador aprovou nesta terça-feira (6) um conjunto de ações imediatas para prevenir e combater a corrupção, entre as que se incluem a chamada "morte civil", um julgamento politico ao controlador, Carlos Pólit, e o pedido de expulsão da construtora Odebrecht.
Com 106 votos a favor, de um total de 128 legisladores presentes na sessão plenária, a Assembleia aprovou uma moção apresentada pelo grupo governista Aliança País para executar ações imediatas contra a corrupção, em meio a um intenso debate com a oposição sobre as consequências do caso de subornos no país por parte da Odebrecht.
O Legislativo decidiu formar uma delegação com representantes de vários grupos parlamentares, incluindo a oposição, que vai mudar para os Estados Unidos e o Brasil para solicitar informações sobre essa suposta trama de corrupção.
Além disso, o plenário aprovou o início do processo para convocar o julgamento politico do chefe da Controladoria Geral do Estado, Carlos Pólit, envolvido no caso Odebrecht e que está fora do país por razões médicas, segundo informações de seu advogado.
A Assembleia também convocou, de maneira imediata, o procurador-geral do Estado, Carlos Baca, que viajou na segunda-feira (5) para o Brasil, que compareça diante da Comissão legislativa de Controle, e explique o avanço das investigações.
Eles também exigiram maior rapidez na investigação e no início dos processos contra todas as pessoas, públicas ou privadas, com ligações em casos de corrupção desde o ano de 1987 e em todos os níveis de governo.
O Parlamento exigiu a "reparação integral dos danos e prejuízos causados ao Equador por parte da Odebrecht" e, em seguida, realizar sua expulsão.
Além disso, ordenaram o término dos contratos que o país tenha com a Odebrecht e que não volte a contratar nenhum projeto da construtora.
Em dezembro do ano passado, o Departamento de Justiça dos EUA informou que a Odebrecht pagou cerca de US$ 788 milhões em propinas em 12 países, entre eles o Equador. O relatório mostrou que no país, entre os anos de 2007 e 2016, a construtora pagou propinas no valor de mais de US$ 35,5 milhões a "funcionários do governo ", que supostamente gerou benefícios de US$ 116 milhões.
Veja também
Últimas notícias
Caio Bebeto alerta sobre exploração de crianças em situação de rua e pede união de forças
Projeto de Alfredo Gaspar torna crimes contra agentes de segurança hediondos
Hospital Metropolitano salva moradora de União dos Palmares com tumor no rim
PF faz operação contra importação clandestina de remédio emagrecedor
Câmara aprova urgência para votar direito à bagagem de mão gratuita
Fux admite erros em decisões sobre 8 de janeiro e diz que mudança reflete defesa do Estado de Direito
Vídeos e noticias mais lidas
Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto
Militares lotados no 14º Batalhão de Joaquim Gomes prendem homem suspeito de estrupo de vulnerável
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'
Colégio Santa Cecília esclarece denúncia sobre telhado caindo na unidade em Arapiraca
