Enfermeiros defendem modernização do Coren em eleição de outubro

No próximo dia primeiro de outubro, o Conselho Regional de Enfermagem de Alagoas (Coren-AL) elege sua nova diretoria, que estará a frente da entidade a partir de 2018 até 2020. Várias chapas concorrem numa eleição online, que está bem disputada e de uma categoria que tem um grande número de profissionais no estado de nível médio e de nível superior.
Uma delas, a chapa 2, tem se destacado por ser formada por jovens enfermeiros, que acreditam na necessidade de uma grande mudança na direção do Conselho. Liderada pelo enfermeiro, Rennê Cosmo, o grupo tem tido uma grande aceitação na enfermagem e faz dobradinha com a Chapa 5 de nível médio.
Diferente das eleições em outras entidades, os enfermeiros de nível superior votam nos colegas que tem a mesma graduação e os de nível médio que são os técnicos e os auxiliares de enfermagem voltam também em seus colegas com a mesma formação profissional. Os eleitos, seis do nível superior e 4 do nível médio, passam juntos a administrar o Conselho.
“Nós sentimos que o Coren precisa estar mais perto da enfermagem como um todo. Percebemos um distanciamento muito grande e em muitos momentos, não nos sentimos contemplados no que diz respeito ao papel que o Coren deve exercer”, avalia Rennê.
Por entender que o papel primordial do Conselho é zelar pela qualidade dos profissionais da enfermagem, como também do cumprimento da Lei do Exercício Profissional, foram elaboradas propostas visando atender essa demanda da enfermagem alagoano e de forma imediata.
As propostas foram divididas em quatro segmentos que abrangem a assistência, gestão, pesquisa e ensino. Rennê entende que o momento necessita de um olhar diferenciado para a categoria que tem convivido com a desvalorização profissional e o enfraquecimento da política em defesa dos seus direitos. Entre as propostas defendidas pela Chapa 2 está a o incentivo a instituição de vagas em concursos públicos para enfermeiros generalistas e áreas de acordo com as especialidades, que tem como objetivo a qualidade no exercício da profissão.
A Chapa 2 quer intensificar a luta pela aprovação dos projetos de Lei 2295\2000 que implanta 30 horas de jornada semanal para a enfermagem, o PL 459\2015 que cria o piso salarial da categoria, PL 349\2016 que garante aposentadoria especial para enfermeiros e finalmente o PL 4930\2016 que a prova de proficiência para enfermeiros. “São lutas árduas que precisamos intensificar, mesmo o momento sendo difícil politicamente”.
Rennê declara que a aprovação desses projetos de lei, é muito importante para os enfermeiros que sofrem com a sobrecarga de trabalho, com jornadas prolongadas e estressantes, que põem em risco a saúde dos profissionais.
Também está na plataforma de administração da Chapa 2 a luta pelo aprimoramento, expansão e intensificação do serviço de fiscalização durante as 24 horas do dia, os locais de trabalho, com a implantação inclusive de um serviço disque denúncias. Entre as medidas para a eficiência desse trabalho, está a criação de um aplicativo para apoio nas denúncias e no trabalho do COREN.
Na área de pesquisa a Chapa 2 defende a publicação de cadernos de artigos científicos, a elaboração de pesquisas visando um diagnóstico situacional do perfil da enfermagem alagoana. “É importante que possamos conhecer a nossa realidade, não apenas no dia a dia, mas aprofundando as informações e com resultados técnicos acerca da profissão em Alagoas”, explica Rennê.
Também está na plataforma da chapa, capacitações para nível médio e superior, parcerias para pós-graduações e acompanhamento junto a Aben da qualidade e desempenho das instituições formadoras dos profissionais de enfermagem.
A chapa 2 defende uma gestão participativa criando um fórum, o Coren de portas abertas, para divulgação e participação dos profissionais, onde poderão dar suas opiniões, compartilhar as dificuldades e discutir soluções.
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