O governador Renan Filho negou, nesta terça-feira (21), que exista desabastecimento de insumos na Maternidade Santa Mônica, em Maceió. Para ele, o que acontece na unidade de saúde é consequência de um superatendimento.

De acordo com o governador, embora a Santa Mônica seja voltada para partos de risco, a população alagoana ainda segue procurando a maternidade para todos os tipos de partos, o que estaria indo além do limite da unidade.

“Qual a maternidade que as mulheres procuram quando precisam ter nenê durante a noite? A Santa Mônica é uma maternidade de alto risco, mas atende todo mundo, porque Maceió é a única capital do Nordeste que não tem maternidade pública”, justificou Renan Filho, acrescentando que o Hospital da Mulher vai atender parte desse público, o que deve diminuir as constantes reclamações acerca da maternidade.

Na semana passada, servidores da Santa Mônica, que é parte da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), denunciaram o desabastecimento e afirmaram que a maternidade estava funcionando abaixo da capacidade.

De acordo com funcionários, falta material de uso da rotina médica do hospital como fio de sutura, cânulas para traqueostomia, bolsa plástica para administração de alimentação especial, agulhas, seringas e luvas descartáveis, além de vários tipos de remédios. A situação já foi denunciada ao Ministério Público Estadual (MPE).