“Não existe patente no Estado, o que existe é a lei", diz Alfredo Gaspar
A afirmação deu-se em razão da prisão de militares, nesse final de semana, após abordar o carro utilizado por um coronel da corporação.
O procurador-geral de Justiça do Ministério Público Estadual (MPE), Alfredo Gaspar de Mendonça, afirmou, nesta segunda-feira (27), que o órgão não vai permitir abuso de poder e corporativismo na aplicação de sanções na Policia Militar. A afirmação deu-se em razão da prisão de militares, nesse final de semana, após abordar o carro utilizado por um coronel da corporação.
De acordo com o procurador, o Ministério Público defende que no momento da abordagem os policiais representavam o Estado. “Não existe patente no Estado, o que existe é a lei! Nós queremos uma apuração isenta, célere e imparcial. Para nós pouco importa se tinha um coronel ou general, o que importa é que as regras sejam seguidas”, pontuou.
Os militares em questão são do Batalhão de Polícia Rodoviário (BPRv) e foram acusados de abordarem indevidamente o coronel Adroaldo Freitas Goulart Filho, na última sexta-feira (24), em uma blitz realizada no Trevo do Gunga, Litoral Sul de Alagoas. Os policiais foram detidos, o que gerou revolta de organizações e sindicatos.
“O MP não deixará, de forma nenhuma, que policiais sejam prejudicados se tiverem agido dentro da legalidade. A prisão infelizmente já ocorreu e espero que tenha sido devidamente motivada. No caso de transferência sem um fundamento efetivo, o MP imediatamente vai interferir judicializando as medidas que forem necessárias”, complementou o procurador.
Incialmente, os policiais ficarão detidos por 72h, mas diante da mobilização, o comandante-geral da Polícia Militar de Alagoas, coronel Marcos Sampaio, mandou soltá-los nesse domingo (26).