MPE denuncia acusados de integrar grupo de extermínio em União dos Palmares
De acordo com a denúncia dos promotores, o motivo é evitar novas ações criminosas

O Ministério Público de Estado de Alagoas (MPE/AL) denunciou nesta quinta-feira (01), os acusados de integrar um grupo de extermínio em União dos Palmares, presos durante uma operação no dia 28 de dezembro, do ano passado. Dois deles são policiais militares.
Para os promotores do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) não restam dúvidas sobre as autorias dos crimes de homicídios praticados pelos investigados. Os promotores pedem a manutenção da prisão preventiva de todos os envolvidos nas mortes de José Alysson da Silva Cavalcante e do educador físico Luan Douglas dos Santos Porto e tentativa de homicídio contra Bruna Bezerra Nascimento.
De acordo com a denúncia dos promotores, o motivo é evitar novas ações criminosas, inclusive preservar a integridade física e a vida de familiares das vítimas e testemunhas.
Os denunciados são: os policiais militares cabos Fernando Gomes de Lima Filho e Francisco Eduardo de Vasconcelos Lima Junior (cabo Júnior), Wellington Monteiro da Silva Gomes, Carlos Eduardo Soares, Márcio Rogério da Silva Lima e Joélison da Silva Oliveira.
"Há elementos suficientes acerca das autorias dos crimes cometidos pelos investigados. Eles integram, de fato, grupo de extermínio cuja finalidade é a execução encomendada de seres humanos. Além disso, aterrorizam não somente a população de União dos Palmares, mas das adjacências", afirma o Gecoc.
Crimes
Na morte de José Alysson tentativa de homicídio contra Bruna Bezerra, o Gecoc denuncia o policial militar Fernando Gomes como autor dos disparos e ainda pro ameaça de morte a familiares da vítima;
Carlos Eduardo Soares foi o piloto da motocicleta que conduzia Fernando e proprietário da arma usada no crime.
Márcio Rogério da Silva Lima o acusado de contratar o assassinato por ciúme da ex-companheira;
Wellington Monteiro e Joélison Oliveira são denunciados como os apontadores que abasteciam o grupo com informações das vítimas e deram cobertura na execução;
Já na morte do educador físico Luan Douglas, executado dentro de casa, o cabo Junior, conforme o Gecoc, é o responsável pela autoria intelectual e teria encomendado o crime por não aceitar o novo relacionamento da ex-namorada;
Carlos Eduardo Soares e Francisco Eduardo, os executores, chegaram á casa de Luan numa motocicleta e, enquanto cometiam o crime recebiam suporte de Fernando Gomes e Wellington Monteiro que estavam dentro de um carro;
O policial Fernando Gomes já foi acusado de integrar os "Ninjas", grupo de extermínio que atuava na Zona da Mata desde a década de 1990, mas que teria sido investigado a partir de 2002.
Os "Ninjas" foram presos pela primeira vez em 2006 e, á época, segundo o Ministério Público e a polícia podiam estar envolvidos em 75 homicídios registrados somente em União dos Palmares.
"Desde o limiar das investigaçôes, as suspeitas da autoria do crime do Luan Douglas recaíram sobre o cabo Júnior", afirma a denúncia.
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