?TJ declara inconstitucional lei que isentava servidores públicos de pagar impostos
Funcionários municipais de Rio Largo e seus cônjuges estariam desobrigados do pagamento de IPTU e ITBI
Os desembargadores do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) declararam inconstitucional Lei municipal de Rio Largo, que isentava servidores públicos municipais, ativos ou inativos, e seus cônjuges do pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). O julgamento aconteceu em sessão do Pleno do TJAL, nessa terça-feira (5).
O atual prefeito da cidade, Gilberto Gonçalves da Silva, entrou com um pedido de declaração de inconstitucionalidade do artigo 58 da lei orgânica municipal de Rio Largo e dos artigos 18 e 29 do Código Tributário do Município. A Prefeitura alegou também que não haveria um estudo sobre o impacto orçamentário da medida para o município.
De acordo com o relator do processo, desembargador Domingos de Araújo Lima Neto, a isenção do pagamento de impostos por servidores municipais viola o princípio de isonomia tributária, também conhecido como “princípio da proibição dos privilégios odiosos”.
“O qual se configura como cláusula de defesa do cidadão contra o arbítrio do Estado, cujo objetivo é impedir o tratamento desigual entre cidadãos que estejam em situação de equivalência. Isso porque os benefícios tributários não podem gerar 'desigualdades tributárias ou favoritismos desarrazoados', tal como ocorria no regime ditatorial, em que era comum a concessão de privilégios a destinatários predeterminados em razão do cargo que ocupavam”, explicou o relator.
O desembargador Domingos Neto ressaltou ainda que os artigos das leis municipais concedem benefício tributário levando em consideração apenas ocupação profissional da pessoa, e não a capacidade contribuinte dos cidadãos e a equivalência da distribuição da carga tributária, além de trazer dano às finanças municipais.
“Tendo em vista que a manutenção da isenção tributária de dois impostos municipais aos diversos servidores públicos do ente federativo e seus respectivos cônjuges, bem como o aumento constante de novos requerimentos, além de indicar os prejuízos financeiros advindos da arrecadação insuficiente, podem levar, a qualquer tempo, à paralisação dos cofres públicos municipais”, fundamentou o desembargador.
Veja também
Últimas notícias
Policial é baleado por tiro de fuzil durante operação no Complexo do Alemão no Rio de Janeiro
Rio de Janeiro: avenidas são liberadas e metrô reforça horário de trens
Alerj cobra explicação sobre operação que deixou 64 mortos no Rio
Prefeito do Rio de Janeiro apoia operação policial contra o Comando Vermelho
Veja como estão distribuídas as mais de 11 mil vagas do maior concurso público de AL
[Vídeo] Ginásio Acebílio Vieira Leite é entregue revitalizado à comunidade de Arapiraca
Vídeos e noticias mais lidas
Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto
Militares lotados no 14º Batalhão de Joaquim Gomes prendem homem suspeito de estrupo de vulnerável
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'
Vídeo mostra momentos antes do acidente que matou duas jovens em Arapiraca; garupa quase cai
