Empresa dá calote em grupo que pagou por excursão ao Vaticano
Cada uma das vítimas pagou cerca de R$ 15 mil pelo roteiro, que incluía até mesmo encontro com o papa Francisco. Agora, PCDF investiga caso

O que era para ser uma viagem de peregrinação religiosa católica entre membros do Instituto Bíblico de Brasília, localizado na 601 Norte, transformou-se em assunto de polícia. Tudo porque a tão sonhada excursão nunca ocorreu e os fiéis acusam a empresa Hotur Viagens, responsável pela venda do pacote, de ter aplicado um calote em pelo menos cinco pessoas. Além de ter o sonho frustrado, o grupo não foi ressarcido e, por essa razão, decidiu registrar ocorrência de estelionato. A 5ª Delegacia de Polícia (área central) investiga o caso.
Cada um teria gastado cerca de R$ 15 mil pelo pacote, que incluía hospedagem, passagens aéreas, traslados e até encontro com o papa Francisco no Vaticano. A servidora pública Daniela de Sousa, de 42 anos, foi uma das vítimas. Segundo ela, além da cerimônia com o pontífice, o roteiro envolvia visitas a pontos turísticos religiosos espalhados pela Itália, por Portugal e França.
A excursão estava marcada para durar de 30 de abril a 15 de maio e envolvia a tradicional celebração de 13 de maio na cidade portuguesa de Fátima. No dia, os católicos comemoram o ciclo de aparições de Nossa Senhora de Fátima. “Para nós, que somos católicos, uma viagem como essa seria um verdadeiro sonho, um dia especial em nossas vidas – mas o qual nunca teremos, pois fomos passados para trás”, explicou Daniela.
Indicação do padre
Daniela explica jamais ter desconfiado que estava sendo vítima de um golpe, pois a recomendação da Hotur Viagens partiu do padre da igreja que frequenta, o sacerdote Clóvis de Albuquerque. “Foi ele quem nos recomendou [a companhia]. Ele teria realizado o casamento do dono da empresa. Jamais imaginamos se tratar de um golpe”.
Procurado pela reportagem, o pároco confirmou ter sido contatado pelo proprietário da Hotur Viagens, Fernando Montenegro, com a promessa de que ele seria o “diretor espiritual” do trajeto. “Eu acreditei, pois ele era meu conhecido. Havia celebrado o casamento dele”, lamenta o líder religioso, que dirige o Instituto Bíblico de Brasília, na 601 Norte. De acordo com o sacerdote, a prática de guiar excursões é muito comum entre religiosos.
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