Jovem espancado em balada de SP por R$ 15 foi arrastado e está em coma
Caso ocorreu no Baccará Backstage, em Santos, no litoral paulista. Bar alega que rapaz foi agredido por outras pessoas, do lado de fora do estabelecimento, e não por seguranças

Amigos do jovem que teria sido espancado por seguranças de uma casa noturna em Santos, no litoral de São Paulo, contam que a vítima foi erguida pelo pescoço ainda dentro do estabelecimento e levada para o lado de fora, onde a briga teve continuidade. A confusão começou após ele questionar o valor de R$ 15 que estaria sendo cobrado indevidamente na sua comanda. Procurada pelo G1, a assessoria jurídica do bar nega que ele tenha sido agredido por funcionários do local. O jovem segue internado em estado grave.
A vítima foi identificada como Lucas Martins de Paulo, de 21 anos. Segundo a polícia, a confusão aconteceu na madrugada de sábado (7), no Baccará Backstage, localizado no bairro Embaré. Ao G1, o pai do jovem, Isaías de Paula, contou que amigos do filho relataram que ele foi ao caixa para pagar a conta e reclamou de uma bebida que estava sendo cobrada a mais.
Jovem é espancado em balada por diferença de R$ 15 em comanda
De acordo com amigos do rapaz, que preferiram ter suas identidades preservadas, depois da reclamação da cobrança indevida, o garçom responsável foi chamado pelo operador de caixa. Após o funcionário garantir que Martins havia pedido a bebida, os dois começaram a discutir.
"Nesse momento, sete seguranças pegaram eu e o Lucas pelo pescoço e nos arrastaram para fora. Chegando na calçada, a discussão continuou, e eles disseram que iríamos apanhar. Tentei acalmar os ânimos, mas dois seguranças me deram uma rasteira e um soco no rosto. Os outros formaram uma roda em volta do Lucas e começaram a espancá-lo".
Lucas Martins de Paula, de 21 anos, segue internado em estado grave em Santos, SP (Foto: Arquivo Pessoal)
Em nota, a assessoria jurídica do Baccará informou que, após ser retirado do bar, o jovem se envolveu em uma confusão com outras pessoas que estavam do lado de fora, onde foi agredido. Porém, os amigos que estavam no local, no momento do crime, negam a alegação e garantem que não havia ninguém de fora na briga, além dos jovens agredidos e dos seguranças.
A testemunha ainda conta que a vítima levou diversas joelhadas, chutes e socos na cabeça. Em seguida, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas ao chegar ao local, o jovem já estava vomitando sangue e convulsionando. "Em momento algum o responsável pelo bar saiu para ver como estava a situação. Isso é lamentável. Quero justiça".
Estado grave
Martins chegou à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central desacordado e entubado. Passou por uma avaliação preliminar e, assim que o pai soube da situação, ainda na madrugada de sábado, pediu transferência do filho para a Santa Casa de Santos.
Segundo boletim médico divulgado pelo hospital, o jovem segue internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) em estado grave, com quadro de politraumatismo. Ele permanece sedado e em coma induzido, "com monitorização da pressão intracraniana no segundo pós-operatório de drenagem de hematoma intracraniano".
"Colocaram um cateter para drenar o sangue coagulado no cérebro. Os médicos dizem que o quadro é grave, e que é preciso aguardar 72 horas para ver qual a situação neurológica dele", conta o pai. O caso foi registrado como lesão corporal no plantão da Delegacia Seccional de Santos.
Agressão aconteceu em casa noturna de Santos, na madrugada de sábado (Foto: Arquivo Pessoal)
Justiça
Agora, o pai do jovem espera punição a quem fez isso com seu filho. "O que sabemos é que ali é complicado, sempre há casos assim, os seguranças são truculentos. Estou voltado a cuidar do meu filho. Por enquanto, essa é minha preocupação ", diz.
Foi ele quem levou o filho à casa dos amigos no dia da balada. "Você cria um filho que nunca deu problema, a vida dele é estudar, ele está no quarto ano do curso de Engenharia Elétrica, vive para isso, e agora o vemos numa situação dessas. É crítico. É a pior sensação possível", desabafa.
Em nota, a assessoria jurídica do Baccará informou que é contra qualquer tipo de agressão, e que lamenta o caso ocorrido na madrugada de sábado. Ainda de acordo com a assessoria jurídica, o rapaz estava alcoolizado e alterado quando foi solicitar a retirada de uma cobrança da comanda. Ele teria se alterado com os atendentes do bar e, para evitar uma confusão maior, a gerência decidiu retirá-lo do estabelecimento sem cobrar qualquer consumação. Segundo o representante do bar, o sistema de monitoramento não estava funcionando, por isso não foi possivel entregar as imagens para a Polícia.
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