Há exatos 25 anos, oito presos integrantes de um time de futebol em um presídio do interior paulista fundavam o Primeiro Comando do Capital (PCC). A facção se tornou a mais poderosa no país se inspirando no modelo empresarial, e neste ano do seu jubileu de prata, estampou o noticiário alagoano, como nunca havia ocorrido antes.

Ainda no começo do ano, Alagoas apareceu em quarto lugar no país no ranking com mais filiados ao PCC. O levantamento foi realizado pelo pelo Centro de Segurança Institucional e Inteligência do Ministério Público de São Paulo, o Estado possui 970 membros da facção.

Em julho, o jornal O Globo trouxe uma reportagem sobre a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) no país, e apresentou bilhetes encontrados dentro da Penitenciária de Presidente Bernardes II, em São Paulo, ordenavam ações da facção criminosa em diversas regiões do país para eliminar os rivais.

O comando nacional pedia que os membros se infiltrassem nas favelas e comunidades onde o Comando Vermelho (CV) possui domínio do tráfico de drogas em Alagoas.

Ainda no mesmo mês, novos bilhetes foram encontrados, onde o alto comando planejava ataques aos fóruns de justiça nas capitais brasileiras em busca de armas. Isso geral e o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) pediu reforço policial.

Um mês depois foi lançado o livro dos pesquisadores Bruno Paes Manso e Camila Nunes Dias, “A Guerra – A Ascenção do PCC e o Mundo do Crime no Brasil”, onde apresentaram que a facção paulista é predominante em Alagoas, Sergipe, Acre, Roraima e Piauí. Eles classificaram como “alta”, a influência da facção no estado de Alagoas.