Autor do crime assistiu vereador agonizar por mais de três horas, diz PC
Henrique Matheus, de 18 anos, vai responder por latrocínio; pena é entre 20 a 30 anos
O jovem de 18 anos, suspeito de matar e roubar o vereador Silvânio Barbosa (MDB) a golpes de faca, na última quinta-feira (6), em seu apartamento, no condomínio Central Park, no Benedito Bentes, assumiu a responsabilidade sobre o crime de latrocínio. Demonstrando frieza, Henrique Matheus da Silva Sousa, confessou ter assistido a vítima agonizar até a morte. A informação é da Polícia Civil e foi repassada em coletiva à imprensa, na sede da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL), manhã desta segunda-feira (10).
Segundo o delegado Fábio Costa, da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), após rastrear o celular da vítima, que estava em posse do possível autor do crime, as equipes se deslocararam para o município de Pombal, no Sertão da Paraíba. "Descobrimos que a vítima havia recebido uma ligação de um número da Paraíba e que o celular da vítima estaria no município de Pombal", explicou o delegado. No percurso, os agentes fizeram contato com as polícias da Paraíba, informando sobre o endereço do autor do crime. De prontidão, as equipes foram ao local informado e encontraram o suspeito e o carro do vereador. "Após entrevista rápida, ele tentou negar o crime e afirmou ter comprado o carro num lava-jato", afirmou o delegado.
Conforme explicado pelo delegado, o jovem afirmou em depoimento que trabalhava como vendedor ambulante, viajando pelos estados. Em uma vinda para Alagoas, em agosto deste ano, para comercializar seus produtos, conheceu Silvânio que comprou algumas cadeiras e teria pedido seu telefone. Ambos começaram a trocar mensagens por telefone e marcaram encontros. No segundo e último encontro, o jovem estava em Pombal (PB), quando recebeu o convite de Silvânio para passar uns dias com ele, em Maceió.
O vereador, por sua vez, foi buscar o jovem e o levou para sua casa sem saber que o assassino já havia premeditado o latrocínio. "Ele colocou uma faca (peixeira), de porte médio, no casaco. Quando Silvânio, enrolado numa toalha, se aproximou, foi esfaqueado no pescoço". A vítima foi até a sala pedir socorro, mas foi golpeada mais uma vez", afirmou o delegado. Ao todo, foram cerca de 26 golpes contabilizados pela perícia.
Outra informação do caso é referente ao depoimento do síndico do prédio em que o vereador residia, que, ao ouvir suposto barulho de luta corporal, foi até o apartamento do político para questionar a situação. Ainda de acordo com o síndico, Silvânio não abriu a porta mas afirmou que estava 'tudo bem'.
O delegado disse ainda que o crime aconteceu por volta das 20h30 e que o parlamentar ficou agonizando até à 00h. “Toda vez que o acusado tentava sair do apartamento, Silvânio pedia socorro e Henrique voltava para esperar que ele falecesse. Antes de morrer, Silvânio pediu água, um travesseiro para colocar a cabeça e um ventilador, tendo todos os pedidos atendidos", concluiu o delegado. Após constatar a morte de Silvânio, o acusado fugiu no carro do vereador –um Honda Civic de cor branca, placa QLH 7999 – com aproximadamente R$ 10 mil, além de dois aparelhos celulares, vários relógios, e roupas sujas de sangue.
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