Sem saneamento básico, Nordeste é o mais afetado com a chikungunya
37,3/5 dos municípios nordestinos tem sofrido mais com endemias ou epidemias de chikungunya

Problemas na oferta de água potável, no tratamento de esgoto e na coleta de lixo estão relacionados a doenças provocadas por vermes, bactérias e pela proliferação de mosquitos como o Aedes aegypti. No Brasil, 1.935 municípios -- ou 34,7% dos 5.570 existentes no país -- registram entre 2016 e 2017 doenças relacionadas a deficiências no saneamento básico.
De acordo com uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada nesta quarta-feira (19), os municípios relatam ter registrado epidemias ou endemias de diarreia, leptospirose, verminoses, cólera, difteria, zika, chikungunya, tifo, malária, hepatite, febre amarela, dermatite, dentre outras.
São endêmicas as doenças que existem de forma constante em determinado lugar, independentemente do número de doentes. Já epidemia é o surgimento rápido de uma doença, afetando um grande número de pessoas. O IBGE não levou em consideração casos isolados de doenças no levantamento.
A doença que mais assolou os municípios foi a dengue: foram 1.501 cidades (26,9%) afetadas. Essa enfermidade, assim como a zika e a chikungunya, é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, que se reproduz em água parada. De acordo com o IBGE, essas doenças estão fortemente associadas aos serviços de saneamento.
Relatório do IBGE
A proporção de municípios que declararam ter sofrido endemias ou epidemias de zika e chikungunya foi maior nas regiões Nordeste e Norte. A chikungunya, por exemplo, foi registrada em 37,3% dos municípios nordestinos. Já a febre amarela, também ligada a mosquito, foi mencionada nos municípios do Sudeste (5,1%) e Norte (4,7%).
Outras doenças que causam epidemias e endemias com grande frequência nas cidades brasileiras são a diarreia e as verminoses. Em 1.288 municípios (23,1%) a diarreia é epidêmica ou endêmica. Já as verminoses ocorrem de maneira alastrada em 960 cidades (17,2%).
De acordo com o IBGE, as causas dessas doenças estão geralmente associadas à ingestão ou contato com água e alimentos contaminados. "Elas estão, portanto, fortemente vinculadas às condições de saneamento básico", conclui o órgão.
O levantamento de endemias ou epidemias associadas ao saneamento básico faz parte da pesquisa Munic 2017, na qual o IBGE avalia mecanismos de gestão de políticas. Os registros referem-se ao período entre agosto de 2016 e julho de 2017. O IBGE não registrou a quantidade de pessoas infectadas nas cidades.
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