Fotógrafo narra resgate de cães presos em canil durante enchente provocada por furacão Florence
Voluntários foram retirar pessoas presas em igreja quando ouviram latidos e encontraram animais.

Três dias depois de o furacão Florence tocar o solo na Carolina do Norte, eu estava documentando os danos em Wilmington e em comunidades no sul quando fiquei sabendo que resgatistas voluntários estavam a caminho de uma igreja em Leland onde pessoas estavam isoladas pelas águas que subiam.
Mesmo com uma camionete, é assustador dirigir por águas escuras e profundas o bastante para cobrir placas de trânsito. Mas experiência cobrindo tempestades e boas galochas o capacitam a medir cautelosamente a profundidade da água e sua força, para que você consiga chegar até boas histórias que estão esperando para serem contadas.
Ryan Nichols e David Rebollar têm outra forma de chegar até pessoas e animais presos pelas enchentes: um barco que eles arrastam de sua casa no Texas até zonas de desastre. No caso da Carolina do Norte, isso significou mais de 1.600 km.
Tendo enfrentado o furacão Harvey, que atingiu Houston no ano passado, os ex-marines têm como missão ajudar quando algum desastre acontece.
Naquele dia, enquanto eles colocavam seu barco na água a partir de um pedaço de terra seca, uma estrada era identificável apenas por postes com sinais de trânsito de mais de 2 metros com as pontas para fora da água. Meu colega e eu nos unimos a Nichols no barco e fomos até a igreja, cerca de 300 metros adiante.
Colônias de formigas de fogo formavam pequenas ilhas flutuando ao lado de brinquedos. Árvores, lápides e estátuas tristes espiavam acima da linha d'água.
Enquanto Nichols falava com pessoas na igreja, ouvimos latidos persistentes nos fundos da propriedade do outro lado. Ele foi investigar e logo voltou, dizendo com urgência que “eles” estavam presos e que deveríamos correr.
Nos movemos através de águas até a altura dos joelhos até que vimos cães de caça em um canil – dois apoiados nas patas traseiras, o outro nas quatro patas e apenas com a cabeça fora da água. Eles estavam tremendo, apavorados e desesperados para sair.
Nichols tentou acalmar os cães enquanto abria a jaula. Quando ele conseguiu, não três, mas seis cães saltaram para fora, meio nadando e meio pulando através de um trecho de água que dava acesso a um pedaço de terra firme. Eu acompanhei a ação com minha câmera próxima à água, na altura deles.
Um vizinho da rua de cima encontrou um pouco de ração, que eles devoraram.
Com mais e mais pessoas na vizinhança precisando de ajuda, os voluntários e moradores decidiram deixar bastante comida para os cães e permitir que eles ficassem a salvo em uma área mais alta à qual agora tinham acesso e avisar as autoridades sobre eles.
As águas subiram nas horas seguintes, e começaram a retroceder apenas no dia seguinte, quando Nichols voltou para checar como estavam os cães. Ele encontrou o dono deles, que disse que teve que sair às pressas com crianças pequenas, e que uma pessoa que ele enviou para retirar os cães não conseguiu chegar ao local por causa da enchente.
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