Morre aos 78 anos o jornalista Gil Gomes
O jornalista era conhecido por sua voz potente e seu gesto característico com a mão direita
O jornalista e radialista Gil Gomes morreu na manhã desta terça-feira (16) em São Paulo, informou a assessoria do Hospital São Paulo. Famoso na crônica policial, ele tinha 78 anos.
Na noite de segunda (15), o jornalista passou mal em sua casa, no bairro Jardim da Saúde, Zona Sul da capital. Ele foi socorrido por equipe do Samu e levado para o pronto-socorro do Hospital São Paulo. A morte foi confirmada nesta madrugada.
Cândido Gil Gomes Jr. nasceu na Mooca, bairro de imigrantes italianos de São Paulo, em 1940. Dono de uma voz potente, começou a carreira jornalística aos 18 anos, em uma rádio, como locutor esportivo. Dez anos depois, na Rádio Marconi, passou a cobrir reportagens policiais.
Mas foi nos anos 90 que ficou mais conhecido do público devido à sua atuação como repórter de pautas policiais no popular “Aqui e Agora”, do SBT. A maneira como narrava os crimes e o gesto característico que fazia com a mão direita se tornaram marcas de sua carreira.
Entre reportagens de destaque, Gil esteve na Casa de Detenção um mês após o “massacre do Carandirú” em 1992, mostrando os vestígios do local, e fez a primeira entrevista com o Bandido da Luz Vermelha após este sair da prisão depois de 30 anos.
Depois do “Aqui e Agora”, trabalhou em outras emissoras. Gil Gomes ficou afastado da TV por mais de 10 anos devido a problemas de saúde relacionados ao Mal de Parkinson, doença diagnosticada em 2005. Em 2016, aos 76 anos, foi convidado a participar com comentários em um programa de TV patrocinado por uma rede de farmácias.
O jornalista era casado com Eliana Izzo e deixa cinco filhos, Flávia, Nathalie, Daniel, Vilma e Guilherme.