Movimento nas redes sociais oferece serviços gratuitos para casamentos LGBT+
Buffet, fotografia, cerimonial, decoração, bolo e maquiagem são alguns dos serviços ofertados. A pressa se deu por medo de repressão em 2019

A empatia está tomando conta das redes sociais. Após a Comissão da Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo aconselhar casais homoafetivos a oficializarem suas relações antes de 2019, diversas pessoas estão oferecendo serviços para realizar a festa.
A frase é comum em todos os posts. “Trabalho de graça no seu casamento LGBTQI+ até o final do ano”. De acordo com a resolução 175/2013 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o casamento entre pessoas do mesmo sexo é legalizado com base em duas decisões do Supremo Tribunal Federal e não pode ser revogado pelo Presidente da República.
A pressa se deu por medo de repressão após a vitória do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Durante campanha eleitoral, ele assinou um termo em que se comprometeu a promover o casamento entre homem e mulher.
Buffet, fotografia, cerimonial, decoração, bolo e maquiagem. Esses são alguns dos serviços oferecidos por pessoas das mais diversas ocupações para realizar a união entre casais do mesmo sexo no Ceará.
A jornalista Adriana Saboya é uma das adeptas ao movimento. Em post no Facebook, ela oferece serviços de cerimonial. “Eu tenho um bom networking. Posso sugerir locais para as cerimônias, ajudar com listas de convidados e fazer entrega de convites”.
Ainda comentou que resolveu aderir o movimento após ver a comunidade temendo perder seus direitos. “Se eu puder ajudar de alguma maneira, ajudarei. Achei o movimento interessante, tenho muitos amigos que vivem relações homoafetivas incríveis”.
“Pensei que seria interessante, pois muitos estão tentando oficializar essas relações ainda esse ano”, afirma a jornalista. Ela acrescenta que as publicações servem como reafirmação pública de apoio. “Tem uma máxima nas redes sociais que diz que ‘não publico minhas opiniões para convencer quem pensa ao contrário. Publico para quem pensa igual a mim saber que não está sozinho”.
A produtora Luana Caiube comenta que é uma corrente para o bem, por isso a mobilização está intensa. “Não sabemos factualmente se essas questões vão ser quebradas, se esse direito vai ser diminuído, mas não deixa de ser bacana, para o bem, e é isso que está mobilizando tanta gente”.
Luana possui vários amigos que trabalham com eventos e, após o engajamento em sua publicação no Facebook, resolveu fazer uma lista organizando as pessoas por serviços oferecidos e prestados.
“Até agora, 10 casais procuraram, mas já chegaram outras mensagens. De voluntários já chegamos perto dos 85, acredito que daqui a pouco batemos as 100 pessoas interessadas em formar essa rede”.
Para ela, o próximo passo é conversar com os casais que se interessaram. “Entender quais são as demandas, saber o que podemos oferecer e seguir fazendo com que essa corrente funcione verdadeiramente. O movimento precisa sair das redes sociais para virar ações concretas e realizadas”.
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