Economia

Em novo recorde, bolsa bateu 95 mil pontos puxada por expectativa positiva

O movimento da bolsa pode ser creditado à expectativa positiva do mercado em relação às reformas prometidas pelo governo de Jair Bolsonaro

Por Veja 17/01/2019 18h06
Em novo recorde, bolsa bateu 95 mil pontos puxada por expectativa positiva
Entre os papéis com maior valorização estavam os da Localiza (6,51%), BRF (5,27%) e Cyrela (3,61%) - Foto: Reinaldo Canato/VEJA.com

O Ibovespa, índice de referência do mercado brasileiro, caminha para um novo recorde nesta quinta-feira, 17. Pela primeira vez na história, o índice superou o patamar de 95.000 pontos. Entre os papéis com maior valorização estão os da BRF (6.48%), Localiza (6.27%), e Qualicorp (6.04%).

O índice fechou em 95.351,09, alta de 1,01%. Em seu melhor momento atingiu 95.681,82 pontos e em seu pior, 93.950,41.

Segundo analistas do mercado, nenhum fato novo no campo econômico justifica o movimento desta quinta-feira. O desempenho da bolsa pode ser creditado à expectativa positiva do mercado em relação às reformas prometidas pelo governo de Jair Bolsonaro.

De acordo com Ari Santos, gerente da corretora H.Commcor, o otimismo acaba impulsionando ainda mais o mercado acionário. “Os investidores percebem que a bolsa está indo bem e não querem ficar de fora. Ninguém quer perder nenhuma oportunidade.”

Pablo Spyer, diretor da Mirae Asset, afirma que a aprovação da reforma da Previdência deve colocar o Brasil novamente no rumo do investment grade. “A quantidade de investimentos que vai entrar devido às reformas e a credibilidade que o novo governo está trazendo é muito grande. Isso não deve parar, exceto se o cenário internacional  atrapalhar.”

Mesmo sem nenhum fato econômico concreto, Santos diz que o mercado trabalha em cima de expectativas. “Há expectativa de que saia algo sobre previdência, algum decreto, que venha um ajuste fiscal. A expectativa é de crescimento econômico.”

O Boletim Focus divulgado nesta semana pelo Banco Central mostrou que a expectativa do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 passou de 2,53% para 2,57%.