Policiais civis denunciam condições precárias de trabalho no prédio do 2º DP
Sindpol constatou problemas estruturais no local
Os policiais civis, que trabalham no prédio, onde funciona o 2º Distrito Policial e a Delegacia do Turista, enfrentam dificuldade para atender a população. Em inspeção realizada pela diretoria do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), constatou-se problemas estruturais no local.
O presidente do Sindpol denuncia que foi retirado o aparelho de ar condicionado da viatura do 2º DP. “Alagoas é um estado que apresenta alta temperatura, e o policial civil é obrigado a trabalhar nessas condições precárias, chegando a suportar o calor de quase 50ºC, que acarretará graves problemas à saúde do policial civil”.
O sindicalista também ressalta que o policial civil leva o seu computador pessoal porque a delegacia não possui. “Essa delegacia é uma vitrine para Alagoas, que atende os turistas e mostrando toda essa precariedade de trabalho. Os policiais civis querem atender a população, mas o Estado não oferece as devidas condições”, revela.
Além de Ricardo Nazário, também estiveram presente na delegacia os diretores do Sindpol Edeilto Gomes e Bartolomeu Rodrigues, que também constataram o acúmulo de materiais de apreensão, infiltrações no teto, nas paredes e carência de pintura na distrital. “Várias partes do teto estão com forro apresentando problemas estruturais e risco de acidentes”, alerta o presidente.
O Sindpol está realizando vitorias nas delegacias para verificar as condições de trabalho e cobrar do gestor público as medidas cabíveis aos problemas enfrentado pelos policiais civis.
O Sindpol enviou ofícios denunciando a precariedade das condições de trabalho à Delegacia Geral, ao Ministério Público, ao Conselho de Segurança Pública e à Secretaria de Segurança Pública.
Carência de efetivo
Em todas as delegacias, é evidente a carência de efetivo. Atualmente a Polícia Civil funciona com 1/3 do efetivo, com 1.700 policiais civis, sendo que 600 estão aptos para se aposentar. De acordo com a Lei Estadual nº 5.496/1993, que disciplina o quantitativo de policiais civis nas delegacias, o efetivo ideal é de 4.500 profissionais.