Para cada 100 servidores ativos no Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), há 81 aposentados ou pensionistas, em Alagoas. Esses dados são do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), divulgados no jornal Valor Econômico. Segundo o secretário da Fazenda de Alagoas, George Santoro, o déficit previdenciário projetado para o Estado no ano de 2019 é de R$ 1,35 bilhão, sendo que no ano passado, foi de R$ 1,2 bilhão.

Santoro contou que desde 2004 os Estados passaram a promover a chamada segregação de massas. O secretário explicou que em Alagoas, essa separação foi implantada efetivamente em 2011, o que criou um período de transição no qual a pressão sobre o déficit previdenciário é maior. Isso por que os novos contratados passam a ter as suas contribuições atreladas a um fundo de capitalização, o que é benéfico a longo prazo.

Os servidores entram no fundo de capitalização, porém não contribuem mais para o sistema de repartição simples aplicado para o contingente anterior de funcionários públicos.

Em 2005, para cada 100 servidores estaduais ativos havia 58 aposentados ou pensionistas no Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos Estados. O levantamento Ibre/FGV mostra, o quanto é importante para as contas estaduais que a reforma previdenciária no âmbito federal tenha efeitos para o regime próprio dos servidores públicos dos governos regionais. Essa proporção de inativos avançou e em 2017 chegou a 88 para cada 100 ativos.

Em relação a outros Estados, dados de 2017 mostram que no Rio Grande do Sul são 162 inativos para cada 100 ativos. Em Minas e no Rio são 128 e 114, respectivamente. Em 14 dos 27 estados, a proporção é de mais de 80 aposentados e pensionistas para cada 100 servidores ativos.

Atualmente, o regime próprio conta com 4,6 milhões de servidores, dos quais 2,5 milhões correspondem aos ativos e 1,7 milhão é de aposentados. O meio milhão restante é representado pelos pensionistas.

No ranking, Alagoas ocupa a 15ª posição.