Projeto (Re)verso no Cárcere tem início no sistema prisional
Iniciativa vai beneficiar reeducandos de todas as unidades prisionais e é fruto de uma parceria entre Seris e Unit
Visando proporcionar uma formação profissional mais completa, quebrar paradigmas e mudar a visão da comunidade acadêmica sobre a realidade das unidades prisionais, a Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) firmou uma parceria com o Centro Universitário Tiradentes (Unit) para implantar o projeto (RE)Verso no Cárcere. Nesta semana, representantes das duas instituições se reuniram para planejar a execução do projeto.
Com a iniciativa, os acadêmicos do Centro Universitário irão, quinzenalmente, aos presídios averiguar as necessidades dos apenados e, posteriormente, solicitar benefícios junto à Defensoria Pública e 16ª Vara de Execução Penal. De acordo com o chefe do Núcleo Ressocializador da Capital, agente penitenciário Eduardo Gouveia, reafirmou o compromisso da Seris com a política ressocializadora.
“Vamos completar dois anos sem registro de casos de reincidência entre os reeducandos que saíram da unidade. Isso comprova que a política humanizada desenvolvida no Núcleo realmente gera resultados positivos. Estamos de portas abertas para receber a comunidade acadêmica, trabalhando em conjunto com os universitários para beneficiar os custodiados”, destacou Gouveia.
Segundo a professora de Direito da Unit, Marta Patriota, o levantamento das informações da vida carcerária dos apenados feito pelos universitários possibilitará um estudo aprofundado para propor soluções jurídicas diante das demandas apresentadas. “Se conseguirmos agilizar um processo - que seja - já teremos um saldo positivo. Essa experiência é maravilhosa tanto para a vida dos acadêmicos, quanto para os dos professores”, disse.
Universitários integrantes do Projeto estiveram presentes durante a reunião e reafirmaram o compromisso com a iniciativa. “As vezes o conhecimento acadêmico produzido acaba ficando enclausurado nos muros da universidade, mas temos que levar essas informações para outros setores da sociedade. Estamos participando do projeto para compartilhar algumas experiências, identificando, na medida do possível, eventuais dificuldades e contribuindo com o processo ressocializador”, concluiu o acadêmico de Direito, Marcelo Herval.