Tereza Nelma debate Estatuto da Mulher em encontro da ONU
Viagem para Nova York está marcada para esse sábado (9)
A deputada federal Tereza Nelma integra a Comissão Brasileira que participará da 63ª Sessão da Comissão Sobre o Estatuto da Mulher (CSEM), na sede da ONU, em Nova York. A delegação brasileira, composta por seis deputadas federais, foi indicada pelo presidente do Grupo Brasileiro da União Interparlamentar. A viagem está marcada para esse sábado, 9 de março.
A CSEM da ONU, no mês internacional da mulher, tem início nessa segunda-feira (11) e reunirá parlamentares de vários países. Serão debatidas questões ligadas à valorização dos direitos, sistemas de proteção e promoção da igualdade de oportunidades às mulheres.
O engajamento e as ações de Tereza Nelma em defesa da mulher contribuíram para o convite. “Sempre fui uma defensora do protagonismo feminino, combatendo a violência contra a mulher, defendendo os direitos e a igualdade com os homens, principalmente nos empregos. Estou orgulhosa pela lembrança ao meu nome e será um desafio discutir essas e outras questões em âmbito internacional. O Dia Internacional das Mulheres acabou tornando-se simbólico em quase todo o mundo. Mas na realidade trata-se de um longo histórico de lutas, de conquista de direitos, como o voto livre, decisão para estudar e viver em sociedade. As mulheres querem ganhar rosas e chocolates, mas também o respeito aos nossos direitos”, disse a deputada.
Além de Tereza Nelma, a delegação é composta pelas deputadas Flávia Arruda (DF), Paula Belmonte (DF), Jéssica Sales (AC), Professora Dorinha (TO) e Greyce Elias (MG).
DESAMPARO SOCIAL
Tereza Nelma lamenta que, apesar de reconhecer a importância da data, preocupa-se com a situação das mulheres no Brasil. “A reforma da previdência é um desmonte dos direitos já conquistados. O aumento na idade e no tempo de contribuição para as mulheres da cidade e do campo, por exemplo, são desumanos. Não podemos aceitar”, disse a deputada.
O crescente número da violência contra as mulheres também é um tormento. “Nos sentimos inseguras e desamparadas pelo poder público. O caso do assassinato da vereadora Marielle Franco, do Rio de Janeiro, já completa quase um ano e ainda não teve solução. Simboliza o descaso com a segurança das mulheres. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública registram que, por hora, cerca de 1.800 mulheres foram atacadas, resultando em 16 milhões de mulheres agredidas verbal e fisicamente no ano passado. Até quando viveremos assim?”, completou a deputada.