Cidades

Trabalhadores rurais pedem apoio para continuar nas terras das Usinas Laginha e Guaxuma

Movimento quer a permanência das famílias em terras das usinas Laginha e Guaxuma.

Por Assessoria 19/03/2019 16h04
Trabalhadores rurais pedem apoio para continuar nas terras das Usinas Laginha e Guaxuma
Os manifestantes cobraram a aquisição das terras das usinas Laginha e Guaxuma - Foto: Ascom/Iteral

Dezenas de trabalhadores rurais vinculados ao Movimento Via do Trabalho (MVT) estiveram nessa terça-feira, 19 de março, na sede do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) em Maceió.

Os manifestantes cobraram a aquisição das terras das usinas Laginha e Guaxuma, que fazem parte da massa falida da Laginha Agroindustrial, do ex-usineiro João Lyra. O grupo procurou o Iteral após audiência na 29ª Vara de Conflitos Agrários sobre a Fazenda Padre Cícero, situada no município de Teotonio Vilela, e que não integra o acordo firmado no Tribunal de Justiça (TJ) para a destinação das terras à reforma agrária.

O diretor-presidente do Iteral, Jaime Silva, recebeu uma comissão para discutir a pauta, enquanto as demais lideranças aguardaram no auditório de forma pacífica. “O Iteral atua como um interlocutor nesse caso, porém, os administradores da Massa Falida são categóricos e não abrem mão desta propriedade, é considerada estratégica de acesso para a Usina. É uma área plana e produtiva, e no acordo, eles fizeram a substituição por outras áreas, a exemplo da Fazenda São José”, declarou Jaime Silva.

 Na propriedade rural existe há cinco anos um acampamento rural composto por aproximadamente 120 famílias. No local foram montados barracos de lona e algumas casas de alvenaria; e os trabalhadores rurais possuem criação de animais e plantam macaxeira, batata doce, feijão, inhame, amendoim, abacaxi, maracujá, dentre outros.

As lideranças alegam que essas famílias não têm para onde ir. “Nós sabemos do esforço e o compromisso do Iteral em resolver o impasse das áreas da Guaxuma e Laginha. É importante ter uma força tarefa, porque queremos permanecer nas terras e continuar produzindo”, citou Marcos Antônio da Silva, o Marrom, coordenador estadual do Movimento Via do Trabalho (MVT).

O diretor presidente do Iteral afirmou que pretende fazer uma visita no acampamento e destacou a necessidade do MVT apresentar um cadastro dos nomes das pessoas que realmente trabalham na terra.

As demais pautas como liberação de sementes, alevinos, doação de equipamentos agrícolas não são de competência do órgão, e deverão ser repassadas para o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri), Ronaldo Lessa, e sua equipe.