Manifestantes fecham Fernandes Lima em ato contra cortes na Educação
Grupo segue sentido Centro de Maceió, na manhã desta quarta (15)
Alunos, servidores e entidades sindicais - que participam do ato nacional contra os cortes de recursos da Educação - fecharam a Avenida Fernandes Lima, em Maceió, na manhã desta quarta (15). Com faixas, cartazes e carro de som, eles seguem em direção à Praça dos Martírios, no Centro da cidade, onde se reúnem em frente ao Palácio do Governo.
Nomeada de "Greve Nacional da Educação", a mobilização reúne mais de 3 mil pessoas em Maceió. Segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE), estudantes de mais de 80 instituições de ensino, entre universidades públicas e privadas, institutos federais, além das redes estaduais de ensino aderiram à paralisação.
Além de Maceió, o ato também ocorre, simultaneamente, nas cidades de Arapiraca, Delmiro Gouveia e Palmeira dos Índios.
Por conta do protesto, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e Instituto Federal de Alagoas (Ifal) suspenderam as atividades.
O Gerenciamento de Crises da Polícia Militar acompanha a manifestação.
Dos cortes
A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal) tiveram 36,6% e 25% dos recursos bloqueados, respectivamente, pelo Governo Federal. A medida foi tomada, no dia 30 de abril, após a declaração do ministro da Educação, Abraham Weintraub, de que o Ministério da Educação (MEC) cortaria verbas de todas as universidades e institutos do país. Segundo ele, trata-se de um "bloqueio" feito "de forma preventiva".
Em nota, a Ufal informou que teve R$ 39.576.608,00 dos recursos de custeio e capital bloqueados. O documento diz que foram efetivados bloqueios nas ações orçamentárias de funcionamento da Universidade, capacitação de servidores, recursos consignados ao Hospital Veterinário e funcionamento da Escola Técnica de Artes. Foram também bloqueadas as emendas parlamentares consignadas à Ufal pela bancada alagoana. Apenas as ações de assistência estudantil não foram afetadas pelo corte.
O Instituto Federal de Alagoas (Ifal) também comunicou que sofreu um corte orçamentário de R$ 12,6 milhões, correspondendo a 25% do orçamento do Instituto. O reitor da Instituição, Sérgio Teixeira Costa, divulgou uma portaria com medidas de contenção de despesas, racionalizando gastos públicos com uso da frota, realização de eventos integradores, visitas técnicas, capacitações e congressos.