Cobertura de esgotamento sanitário em Maceió chegará a 70% nos próximos dois anos
Renan Filho inaugura obras na parte baixa da capital e prevê dobrar índices de saneamento até 2021 com investimentos da ordem de R$ 400 milhões

A capital alagoana deverá alcançar um índice de 70% de cobertura em esgotamento sanitário nos próximos dois anos. As melhorias, de acordo com o governador Renan Filho, vão atender à população da parte baixa e alta de Maceió a partir de um investimento na ordem de R$ 400 milhões em obras de saneamento já em execução, realizados por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs).
O planejamento do Estado de Alagoas para a área do saneamento foi anunciado pelo governador nesta segunda-feira (17), durante a inauguração de duas obras estratégicas já concluídas na parte baixa de Maceió, a instalação da Linha Expressa - Praça Lyons e a revitalização do sistema de esgotamento sanitário nos bairros de Jacarecica e Cruz das Almas.
“Essas duas obras são importantíssimas. Elas elevam a coleta de esgoto na nossa capital e, somadas aos investimentos feitos pelos dois consórcios que estão em parcerias público-privadas junto com o Estado de Alagoas – o consórcio da Sanema, localizado no bairro do Farol, e o da Sanama, que abrange o Tabuleiro do Martins, Benedito Bentes, Cidade Universitária, entre outros – vão elevar a nossa capacidade de coletar, tratar e dar destino final para o esgoto de Maceió para a ordem de 70% nos próximos dois anos. Isso será um grande marco”, avaliou o governador.
Segundo Renan Filho, somente com as obras inauguradas nesta segunda-feira, a cobertura de esgotamento sanitário na capital passou de 28% para 35%. “Quando eu assumi o Governo, o Estado coletava, tratava e dava destinação final a apenas 28% do esgoto de Maceió. Em seis, sete anos, nós vamos chegar a 70%. Até o ano de 2021, vamos contratar também os outros 30% para que, num horizonte de quatro a cinco anos, Maceió seja uma cidade 100% saneada, o que será muito significativo para o nosso desenvolvimento humano e para o desenvolvimento econômico, dado que o nosso turismo é uma dessas principais vertentes, especialmente a capital”, disse.
Além dos serviços na capital, o Governo de Alagoas executa melhorias em saneamento em vários municípios, principalmente onde o turismo surge como grande fonte de desenvolvimento. “Em Coqueiro Seco, estamos com as obras a 98% prontas. Temos obras de esgotamento sanitário em Marechal Deodoro, São Brás, Belo Monte, Piaçabuçu, Delmiro Gouveia. Uma série de cidades. E temos obras a serem contratadas por meio dos novos financiamentos que o Governo está tomando. Priorizamos o esgotamento das áreas turísticas. Vamos consolidar todo o investimento na cidade de Maragogi, em parceria com o Banco Mundial, para deixar a cidade 100% saneada; e também na Barra de São Miguel, que é uma outra cidade balneário muito importante para o fortalecimento do turismo em Alagoas. Vamos deixar a Barra totalmente saneada. A ideia é, com a captação de investimento privados, levarmos esse modelo que temos hoje na capital para outras regiões, atraindo capital privado para ampliar a cobertura em saneamento básico em todo o Estado”, explicou Renan Filho.
Capacidade duplicada
A instalação da Linha Expressa - Praça Lyons e a revitalização do sistema de esgotamento sanitário nos bairros de Jacarecica e Cruz das Almas vão colaborar com a melhoria na balneabilidade das praias da capital, solucionando problemas recorrentes. Primeira obra em esgotamento sanitário executada totalmente com recursos estaduais, da ordem de R$ 10,6 milhões, a Linha Expressa – Praça Lyons possibilita a operação do sistema da região litorânea de Maceió e amplia a capacidade de veiculação entre a Estação Elevatória de Esgoto da Praça Lyons à Estação da 13 de Maio, aumentando a vazão da rede, reforçando o sistema e acabando com os transbordos na região.
A outra iniciativa, que recebeu aporte de mais R$ 11 milhões do Governo Federal com contrapartida do Estado, é a revitalização do sistema de esgotamento sanitário nos bairros de Jacarecica e Cruz das Almas, com a instalação de 1.700 novas ligações de esgoto. Com ela foi possível a interligação dos dois bairros, bem como o pleno funcionamento dos bairros já interligados – Mangabeiras, Jatiúca, Ponta Verde e Pajuçara – que estavam sobrecarregados devido à expansão imobiliária e ao aumento da população na região. A obra duplicou a capacidade do sistema, evitando assim, os transbordos da região que ocasionavam a contaminação do lençol freático e contribuição de esgoto nas galerias de drenagem.
As obras de saneamento na parte baixa de Maceió eram uma demanda antiga do setor hoteleiro e de todo o trade turístico alagoano e, segundo o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rafael Brito, alavancam o mercado turístico da capital.
“A orla de Maceió é o nosso principal ativo turístico, nossa porta de entrada, e tornar a praia mais balneável, sem dúvida é fundamental para que a gente continue gerando emprego em Alagoas e desenvolvendo o nosso turismo. Esse era um pedido antigo e contou com um aporte direto de recursos do Estado. O Governo estadual entendeu que essa era uma vertente importante para a nossa economia. E agora entra um trabalho grande de fiscalização para que as pessoas que ainda têm ligações clandestinas na rede fluvial possam fazer a ligação no local correto e a gente possa limpar cada vez mais as nossas praias”, afirmou Brito.
O secretário de Estado da Infraestrutura, Maurício Quintella, observou que, com esses investimentos, o Governo de Alagoas vem garantindo um direito fundamental do cidadão. “Não há dignidade humana nem política de saúde pública que resista à falta de saneamento. Nos últimos anos, o Estado de Alagoas com caixa próprio ou da Casal, investiu R$ 170 milhões em esgotamento sanitário. Conseguiu viabilizar três PPPs, sendo uma no Agreste e duas em Maceió. Nessas aqui de Maceió, serão investidos mais de R$ 400 milhões no esgotamento do Benedito Bentes e bairros adjacentes e do Farol e bairros adjacentes. Isso mostra credibilidade do Governo em estabelecer parcerias e captar esses investimentos. Isso é fundamental, porque as companhias de saneamento dos estados têm pouca capacidade de investimento para uma política pública tão cara como é o saneamento”, lembrou Quintella.
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