Aumento na posse de armas eleva feminicídios em casa, diz pesquisador
A pesquisa foi publicada em julho no American Journal of Preventive Medicine

Para cada aumento de 10% no número de armas em circulação, a taxa de assassinatos de mulheres ocorridos dentro de casa, por parceiros e membros da família, cresce 14%, enquanto a de homens sobe 12%, aponta uma pesquisa da Universidade de Indianápolis que analisou 115.000 casos de homicídios domiciliares, nos Estados Unidos.
Qual a explicação para essa diferença?
Para o autor do estudo, o psicólogo clínico e forense Aaron J. Kivisto, a diferença está ligada ao fato de as mulheres serem as maiores vítimas de homicídios praticados por um dos integrantes de um casal. Essa conclusão pode se estender para o Brasil? "Sim, acredito que essa seja a realidade na maioria dos países", diz, em entrevista a Universa.
"Aproximadamente três em cada quatro homicídios íntimos cometidos por parceiros são contra mulheres. Por isso, embora o aumento da posse de armas esteja ligado a mais assassinatos tanto de homens quanto de mulheres, elas são as mais vitimizadas", afirma Kivisto. Com isso, concluiu: quanto mais armas, mais feminicídios.
No estudo, Kivisto e outros três pesquisadores examinaram a evolução da posse de armas de fogo nos EUA, estado por estado, de 1990 a 2016 e cruzaram dados relacionados a homicídios domésticos, ou seja, dentro da casa da vítima. A pesquisa foi publicada em julho no American Journal of Preventive Medicine. Segundo o pesquisador, as vítimas de violência doméstica correm um risco maior de serem mortas pelos parceiros caso haja uma arma de fogo em casa porque, com a escalada de violência típica dessas situações, conforme a agressividade do parceiro aumenta, mais violento é o ataque. E uma arma de fácil acesso significa maior chance de feminicídio.
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