?Jovens não adotados egressos de abrigos serão acolhidos em república
Tribunal de Justiça e Prefeitura de Maceió assinaram convênio para possibilitar o acolhimento dos meninos e meninas após completarem 18 anos

O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) e a Prefeitura de Maceió assinaram convênio para a criação de repúblicas, uma feminina e uma masculina, a fim de acolher jovens que completam 18 anos sem ser adotados e têm que deixar os abrigos onde cresceram.
A Prefeitura publicou edital hoje (página 23) para a seleção de uma entidade socioassistencial, que receberá recursos do Município. Os jovens permanecerão sob supervisão do Judiciário até os 21 anos. O presidente do TJAL, Tutmés Airan, agradeceu a sensibilidade da Prefeitura, durante a assinatura, nesta segunda-feira (23).
“Esse adolescente vai para uma república, onde vai aprender uma profissão, ter um meio de vida que lhes possibilite tentar encontrar um meio de vida decente, digno, honesto, para que possa ter aquilo que caracteriza todo e qualquer homem, que é o direito de sonhar”, ressaltou Airan.
O secretário de Assistência Social, Marcelo Palmeira, informou que serão repassados R$ 8 mil para a manutenção de cada uma das repúblicas. “Esse processo de escolha será feito da forma mais técnica possível, levando seis homens e seis mulheres para duas instituições. Entre outros cuidados, nas repúblicas esses jovens terão toda uma articulação para o primeiro emprego”.
As entidades deverão dispor de equipe para assistir a república com um coordenador, um psicólogo e um assistente social. Os jovens ficarão responsáveis pela organização da casa, limpeza e preparação de alimentos.
“Desde que assumi a 28ª Vara (Infância e Juventude), tive essa grande preocupação de como seria a vida desses meninos que completam 18 anos e precisam sair do abrigo”, diz a juíza Fátima Pirauá, que hoje é também coordenadora estadual da Infância e Juventude.
A magistrada explica que a inserção desses jovens na sociedade sem uma preparação deixa-os vulneráveis a serem cooptados pelo crime. “A gente não pode deixar que esses adolescentes fiquem sem oportunidade de trilhar o caminho da cidadania. Se eles estão acolhidos é porque a família falhou, então resta à sociedade e ao poder público. Vão ficar até os 21 anos sob supervisão nossa para que a gente não perca nenhum desses jovens”.
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