Trump vê "caça às bruxas" e EUA "em risco como nunca antes"
Presidente está sob pressão após revelações de telefonema
Diante do pedido de impeachment aberto pelos democratas, Donald Trump postou uma mensagem de vídeo para reunir seus apoiadores. Os oposicionistas são uma ameaça aos direitos dos cidadãos dos EUA, disse Trump no vídeo, que foi gravado no jardim da Casa Branca e publicado no serviço de mensagens curtas Twitter, no sábado (28/09).
Em relação à oposição democrata, Trump disse a seus seguidores: "Eles querem tirar suas armas, querem tirar seus cuidados de saúde, querem tirar seu voto, querem tirar sua liberdade". E Trump continua: "Nunca devemos deixar isso acontecer, porque nosso país está em risco como nunca antes".
O presidente dos EUA declarou que os motivos dos atos dos democratas contra ele são muito simples: "Eles tentam me parar porque luto por vocês - e nunca deixarei isso acontecer". Depois de divulgar a mensagem de vídeo, Trump falou novamente, em vários tuítes, de uma "caça às bruxas" contra ele.
O presidente republicano disse ainda que o democrata Adam Schiff - encarregado da investigação sobre o processo de impeachment - o insultou e difamou repetidamente e deveria deixar o Congresso dos EUA.
Telefonema com Zelensky
Trump está sob pressão devido às revelações sobre uma conversa telefônica com o chefe de estado ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O presidente dos EUA está sob suspeita de abuso de poder por ter pedido ao colega de pasta ucraniano, no telefonema no final de julho, investigações contra o rival democrata Joe Biden e seu filho Hunter.
Biden pode vir a concorrer contra Trump nas eleições presidenciais de novembro de 2020, de forma que informações comprometedoras podem dar ao atual presidente republicano uma vantagem na campanha eleitoral.
Também Pompeo sob pressão
Os democratas anunciaram um inquérito oficial sobre um possível impeachment do presidente. Várias comissões parlamentares da Câmara dos Representantes, dominada pelos democratas, exigiram do secretário de Estado Mike Pompeo, por meio de nota juridicamente vinculativa, que liberasse a documentação sobre o caso antes de 4 de outubro.
Além disso, cinco diplomatas, incluindo a ex-embaixadora dos EUA na Ucrânia, Marie Yovanovitch, vão ser ouvidos na próxima semana sobre o caso.