Discursos de Trump, Rohani e Bolsonaro geram expectativa na Assembleia da ONU
Importantes líderes mundiais, como os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, não estarão presentes no evento
Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, do Irã, Hassan Rohani, e do Brasil, Jair Bolsonaro, são os protagonistas dos discursos mais esperados da 74ª Assembleia Geral da ONU, que acontece na próxima segunda-feira (23). O evento que também será marcado pela ausência de importantes líderes mundiais, como os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping.
Seguindo a tradição, o Brasil abrirá os discursos na próxima segunda, com grande expectativa para a estreia de Bolsonaro no palco mais importante da diplomacia mundial, especialmente depois dos embates com o presidente da França, Emmanuel Macron, e com a alta comissária para os Direitos Humanos da própria ONU, Michelle Bachelet.
Apesar de parte das atenções mundiais estarem sobre o presidente brasileiro, as recentes tensões entre Estados Unidos e Irã, agravadas após os ataques a refinarias de petróleo da Arábia Saudita, devem dominar os debates políticos na ONU. Em paralelo, outro assunto que será discutido é a guerra comercial promovida por Trump contra a China.
O discurso de Trump concentrará grande parte dos holofotes, afinal passaram-se dois anos desde o tom nacionalista e beligerante do discurso feito pelo presidente, quando chamou o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un de “homem-foguete”.
Desta vez, Trump chega a Nova York com uma bagagem cheia de problemas de ordem mundial: a guerra comercial com a China, as relações cada vez mais distantes com os aliados europeus e a forte escalada de tensão com o Irã, após os ataques a refinarias no último sábado.
Havia expectativa na Casa Branca sobre uma possível reunião com o Hassan Rohani, presidente do Irã, mas a ideia vem sendo negada por ele e pelo líder supremo do país, Ali Khamenei. Os EUA acusaram o Irã de estarem por trás da ação, elevando ainda mais as tensões nas já complicadas relações entre os dois países.
Ainda deve haver espaço para que o presidente americano fale sobre a situação da Venezuela. Depois de demitir seu assessor de Segurança Nacional, John Bolton, Trump disse que queria ações mais firmes contra o governo de Nicolás Maduro, mas era restringido por seu conselheiro.
Já Rohani segue negando qualquer possibilidade de negociação bilateral com os Estados Unidos. Para dialogar com Trump, o Irã impôs duas condições: o fim das medidas que prejudicam a economia do país e a volta dos EUA ao acordo nuclear de 2015, assinado junto com Alemanha, Reino Unido, França, China e Rússia.
Como a Casa Branca não dá sinais de que irá recuar, o governo iraniano decidiu descumprir o previsto no pacto, acelerando as atividades de seu programa atômico.
Na ONU, Rohani deve denunciar as ações dos americanos contra o país, exigir dos demais signatários do tratado medidas para aliviar impacto das sanções sobre a economia iraniana, além de apelos para que pressionem Trump a voltar ao acordo negociado ainda no governo de Barack Obama.
Rohani também deve negar a participação do Irã nos ataques às instalações da estatal petrolífera saudita Aramco, mas não deve poupar críticas ao país, com o qual está indiretamente envolvido em dois conflitos: o do Iêmen e o da Síria.
Veja também
Últimas notícias
Secretaria do Trabalho divulga 3.643 vagas de emprego esta semana no Sine Alagoas
Em várias capitais, manifestantes vão às ruas contra PL da Dosimetria
Arapiraquense tem órgãos doados após morte por AVC e salva cinco vidas
Imagens mostram chegada de Policial Militar que matou enfermeiro em motel de Arapiraca
Zambelli renuncia mandato e Hugo Motta convoca suplente
Furto de cabos elétricos afeta abastecimento de água em Palmeira dos Índios e Quebrangulo
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
