Caso Danilo: mãe e padrasto acusam polícia de agressão e procuram OAB
Casal diz que sofreu agressão física e psicológica dentro da delegacia

Atualizada às 13h10
A mãe e o padrasto de Danilo Almeida, 7 anos, que foi sequestrado e morto no último sábado (12), no bairro do Clima Bom, em Maceió, acusam a polícia de agressão durante novo depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na madrugada desta quarta-feira (16).
O padastro da criança confirmou que o casal esteve na delegacia e afirmou à imprensa que a mãe da criança, Darcinéia Almeida, foi forçada pelos policiais a confessar o envolvimento no crime. Eles informaram que sofreram agressões físicas e psicológicas na delegacia.
O casal afirmou que irá procurar a Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Alagoas (OAB/AL) para denunciar o caso. Ao 7Segundos, a OAB/AL informou, por meio de nota, que só vai se posicionar sobre os recentes fatos após se reunir com a Delegacia Geral da Polícia Civil.
A equipe de reportagem também contatou a assessoria de comunicação da Polícia Civil que esclareceu que quaisquer denúncias envolvendo possível desvio de conduta de integrantes da instituição são devidamente apuradas, desde que comunicadas oficialmente.
Adiantou ainda que a mãe e o padrasto do menino Danilo Almeida, de 7 anos, foram encaminhados à DHPP a pedido da psicóloga que ouvia o irmão gêmeo do garoto morto, pois ela queria ter a contextualização mais ampla das pessoas que tinham uma relação mais próxima com a vítima.
Entenda o caso
Danilo desapareceu na tarde de sexta-feira (11), ao sair de casa acompanhado do irmão gêmeo para levar um garfo para o padrasto em uma oficina perto de casa, porém se distraiu com uma banda de fanfarra e resolveu acompanhar o desfile. Nesse momento, segundo o irmão, ele foi levado por uma mulher de cabelo verde em uma bicicleta.
Desesperados, familiares da criança foram a delegacia e registraram um Boletim de Ocorrência. Mais tarde, moradores do bairro fizeram um mutirão para tentar localizar a criança, que foi encontrada sem vida em um beco conhecido como 'Beco da Malia'.
O corpo de Danilo apresentava perfurações de faca na região da cabeça e do pescoço, porém sem vestígios de sangue, o que indica que havia sido 'limpo' antes de ser abandonado.
Confira a nota da OAB/AL na íntegra:
A OAB-AL informa que só vai se posicionar sobre os recentes fatos vinculados ao caso da criança de 7 anos encontrada morta em Maceió, após se reunir com a Delegacia Geral da Polícia Civil. Além do presidente Nivaldo Barbosa, os presidentes das comissões de Defesa da Criança e do Adolescente, Paulo Paraízo, e dos Direitos Humanos, Anne Caroline Fidélis, estão acompanhando o caso.
Veja a nota de esclarecimento da PC/AL:
A direção da Polícia Civil de Alagoas, em virtude de acusação de supostas agressões, atribuídas a policiais civis, e que teriam ocorrido em uma delegacia de polícia da Capital, esclarece que quaisquer denúncias envolvendo possível desvio de conduta de integrantes da instituição são devidamente apuradas, desde que comunicadas oficialmente.
Adianta ainda que a mãe e o padrasto do menino Danilo Almeida, de 7 anos, foram encaminhados à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) a pedido da psicóloga que ouvia o irmão gêmeo do garoto morto, pois ela queria ter a contextualização mais ampla das pessoas que tinham uma relação mais próxima com a vítima.
A Polícia Civil de Alagoas esclarece também que possui dois canais internos para onde podem ser encaminhadas tais denúncias: a Corregedoria de Polícia Civil, localizada na Avenida Comendador Leão, no bairro do Poço, e a Ouvidoria de Polícia Civil, situada no Complexo de Delegacias Especializadas (Code), na Avenida Gustavo Paiva, em Mangabeiras.
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