Por causa do óleo, pesca de camarão e lagosta será proibida a partir de 1º de novembro em estados do Nordeste
Áreas de restrição abrangem a divisa dos estados de Pernambuco e Alagoas durante novembro; e as divisas do Piauí e Ceará, e da Bahia e do Espírito Santo, de novembro até o fim de dezembro.
O governo publicou nesta terça-feira (29) a instrução normativa que estabelece, em caráter excepcional, períodos adicionais de restrições à pesca de camarão e lagosta, o chamado "defeso".
A medida é motivada pela "provável contaminação química" devido ao derramamento de óleo que levou ao surgimento das manchas de óleo no litoral do Nordeste – desde 30 de agosto, mais de 200 locais foram afetados pelas manchas. O documento ainda cita a "grave situação ambiental" decorrente da poluição pelo petróleo.
A restrição para a pesca de camarões rosa, branco, sete-barbas e lagosta vermelha e verde abrange a divisa dos estados de PE e AL e a divisa dos municípios de Mata de São João e Camaçari, na BA, durante todo o mês de novembro.
De novembro até o fim de dezembro, estão restritas as pescas de camarões rosa, branco, e sete-barbas na divisa da BA e do ES, e na divisa do PI com o CE. A atividade também será restrita entre a Mata de São João e Camaçari, na BA.
Confira abaixo o detalhamento das restrições:
De 1º a 30 de novembro de 2019:
- pesca das lagostas vermelha (Panulirus argus) e verde (P. Laevicauda);
- pesca de arrasto e a pesca artesanal de camarões rosa (Farfantepenaeus subtilis e Farfantepenaeus brasiliensis), branco (Litopenaeus schmitti) e sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri)
- na divisa dos estados de Pernambuco e Alagoas
- na divisa dos municípios de Mata de São João e Camaçari, na Bahia
De 1º de novembro a 31 de dezembro do ano de 2019:
- pesca de camarões rosa (Farfantepenaeus subtilis e Farfantepenaeus brasiliensis), branco (Litopenaeus schmitti) e sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri)
- na divisa dos estados do Piauí e Ceará
- na divisa dos estados da Bahia e Espírito Santo
- na divisa dos municípios de Mata de São João e Camaçari, na Bahia
As autoridades brasileiras ainda não esclareceram o que levou ao surgimento do petróleo no litoral.