Alagoas

Iteral e MST dialogam sobre permanência de famílias camponesas

Identificou-se que 22 famílias estão fora de territórios pertencentes ao Estado e serão realocadas para outras áreas

Por Ascom ITERAL 06/11/2019 20h08
Iteral e MST dialogam sobre permanência de famílias camponesas
Iteral e MST dialogam sobre permanência de famílias camponesas - Foto: Helciane Angélica

O Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) reuniu-se com lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para discutir sobre a realocação de famílias camponesas acampadas que encontram-se fora das terras pertencentes ao Governo do Estado. O encontro ocorreu nessa terça-feira (05), na sede do órgão, em Maceió, e foi acompanhada pelo major Sandro, coordenador do Centro de Gerenciamento de Crises, Direitos Humanos e Polícia Comunitária (CGCDHPC) da Polícia Militar de Alagoas.

Ao todo, o movimento possui três acampamentos que agregam 55 famílias no município de Taquarana. As 22 famílias do Acampamento Chico Mendes estão produzindo mandioca, batata doce e feijão, em aproximadamente 70 tarefas, e terão que ser remanejadas para as áreas vizinhas.

O Iteral tem como objetivos executar a política agrária, ordenação e reordenação fundiária rural do Estado de Alagoas, além de intermediar conflitos pela posse de terras. No caso em questão, o órgão também fará a negociação quanto a obtenção de um prazo destinado à colheita da produção agrícola ou que a lavoura seja indenizada.

“Nós vamos encaminhar uma equipe a campo para fazer o levantamento e apresentar um laudo técnico que apresente o quantitativo da área com a produção, mas, também, para avaliar um possível valor da produção”, afirmou o diretor presidente do Iteral Jaime Silva.

“Foi identificado que um dos acampamentos que nós estamos está fora das três áreas do extinto Banco Produban, que, conforme lei, serão destinados para fins da reforma agrária. O movimento entrará com uma petição junto à Vara Agrária para que o juiz possa rever a ordem de reintegração de posse e conceda um prazo maior”, citou Débora Nunes, coordenadora nacional do MST.