Apreensão de cocaína bate recorde em 2019
Maconha continua sendo a mais apreendida
As apreensões de cocaína pela Receita Federal bateram recorde em 2019, somando 47,1 toneladas de janeiro a outubro. O resultado ultrapassa em quase 50% as 31,5 toneladas apreendidas no ano passado. Os portos foram os principais pontos que registraram ocorrência, sendo o Porto de Santos o que mais registrou apreensões neste ano, com 18,9 toneladas.
Na sequência seguem os portos de Paranaguá (PR) com 13,5 toneladas; Natal (RN) com 4,4 toneladas e Itajaí (SC) com 3,7 toneladas. De acordo com a Receita Federal, a maior parte das drogas tinha como destino Holanda, França e Bélgica.
As investigações indicam que funcionários dos portos são subornados por traficantes para romper os lacres e esconder a cocaína nos contêineres.
De acordo com a Subsecretaria de Administração Aduaneira da Receita Federal, o aumento do volume recolhido decorre do aperfeiçoamento das técnicas de controle aduaneiro, com o uso intensivo de gestão de riscos, em que os agentes priorizam a fiscalização em cargas com mais risco de apreensões. A alta também se deve às ações de inteligência, quando o Fisco consegue identificar o transporte da droga com antecedência, e à integração com outros órgãos, como a Polícia Federal.
A Receita também aponta, como fatores que elevaram as apreensões de drogas, os investimentos em tecnologia, a capacitação dos servidores, a utilização de scanners e de cães farejadores e o próprio aumento das operações de fiscalização nas alfândegas.
Grande parte dos portos tem aparelhos de raio-x que identificam cargas suspeitas dentro dos contêineres.
OUTRAS DROGAS
A maconha é a droga mais apreendida no Brasil. De janeiro a outubro de 2019 já foram interceptadas 208,4 toneladas da droga em todo o território nacional.
De acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo, no mesmo período a PF também apreendeu 903 mil mudas; 886 mil pés e 13 kg de sementes de maconha.
O exctasy soma 390 mil comprimidos apreendidos e o lança-perfume, 312 frascos.