Davi Davino cobra atuação do governo nos cuidados da saúde do homem
Dos 1.466 homens assistidos pelo Programa Saúde do Homem do Campo entre 2015 e 2018, 93,4% nunca tinha se consultado e recebido orientações de um especialista da área de urologia

No Brasil, a cada sete minutos um brasileiro é diagnosticado com câncer de próstata e, nos próximos 40 minutos, um brasileiro vai morrer da enfermidade. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer e foram divulgados pelo deputado estadual Davi Davino, durante a sessão ordinária do dia 20 de novembro. O parlamentar é autor da lei n° 8.106/2019, que prevê a realização da Semana Estadual da Saúde do Homem, entre os dias 7 e 13 de novembro. Mas, em Alagoas, ela ainda não é praticada.
Durante seu pronunciamento, Davino criticou o governo estadual, que ainda não desenvolveu a lei, não pondo em prática projetos que incentivem os cuidados e auxiliem a população masculina a ter cuidados necessários e diagnósticos precoces. "Estamos em pleno Novembro Azul, um mês dedicado à conscientização da saúde do homem. Até o momento, não tomamos conhecimento de nenhuma ação do Executivo para colocar em prática a Semana Estadual da Saúde do Homem", alerta Davi Davino.
Entre os alertas apresentados pelo deputado, é a desinformação sobre o câncer e a falta de assistência. "O preconceito, como muitos pensam, não é o maior problema. O que falta é um trabalho voltado para informar a população masculina sobre as características das enfermidades, o incentivo aos cuidados e a realização de exames para que sejam realizados os diagnósticos precoces. E esse é o objetivo da Semana Estadual da Saúde do Homem", atenta Davino.
Pioneirismo
Em Alagoas, o trabalho do médico alagoano Mário Ronalsa, através do programa Saúde do Homem do Campo, é pioneiro e o único do tipo conhecido no mundo. Durante a sessão, o parlamentar anunciou resultados do projeto, realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Entre os dados apresentados, um alerta sobre os riscos da falta de informação sobre doenças à população masculina.
Dos 1.466 homens assistidos pelo Programa Saúde do Homem do Campo entre 2015 e 2018, 93,4% nunca tinha se consultado e recebido orientações de um especialista da área de urologia. O levantamento identificou também que 100% dos homens aceitaram fazer o exame de PSA e que apenas dois pacientes, num universo de 1.466 homens, se negaram a fazer o toque retal. Ou seja, o homem aceita tratar de sua saúde, o que falta é a assistência urológica nas três esferas do governo.
"É importante ressaltar que esse programa, hoje realizado em todo o país, nasceu em Alagoas e foi realizado pela primeira vez em Chã Preta. Quero anunciar que vou destinar emenda para a Secretaria de Estado da Saúde para o Programa de Saúde do Homem do Campo. Espero que com isso, a partir de 2020, um número maior de homens possa realizar os exames urológicos em Alagoas", finaliza Davi Davino.
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