Weintraub compartilha, mas apaga crítica a Bolsonaro por ‘juiz de garantias’
Assessor especial de Bolsonaro e irmão disse que o ministro clicou errado
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, compartilhou, nas redes sociais, críticas ao presidente Jair Bolsonaropela sanção da figura do “juiz de garantias”, incluída no pacote anticrime do ministro Sergio Moro pelo Congresso Nacional. Menos de dez minutos depois, o ministro apagou a postagem.
Weintraub retuitou uma postagem do youtuber Nando Moura na qual ele diz que Bolsonaro traiu o ministro Sergio Moro e afirma não haver “justiça neste país”.
“Bolsonaro ao sancionar a emenda do FREIXO traiu não só o ministro Sérgio Moro mas TODO o povo brasileiro. Não existe mais nenhuma justiça neste país”, diz o tuíte, compartilhado por Weintraub.
Ele está de férias. O Ministério da Educação infiormou que não vai se manifestar. Arthur Weintraub, assessor especial de Bolsonaro e irmão de Abraham, disse que o ministro “clicou errado” e está com a “internet intermitente”.
“Evidente que clicou errado. Está viajando com internet intermitente. Fica fora do ar. Já tirou o RT”, disse Arthur, também no Twitter.
Logo depois, afirmou em novo tuíte que seu irmão "é tiozão de internet".
"Ele às vezes fica folhando posts e dá like e RT sem querer. Eu pergunto "vc viu q vc curtiu tal coisa?". Ele "eu apenas li". Some-se a isso o fato de que ele está num navio, com internet intermitente. Meu irmão vai gravar vídeo explicando o erro".
O ministro disse, depois, que a postagem foi "evidentemente que foi um erro".
"Estou em viagem, em um navio, com internet intermitente. Fico horas sem internet. Dei RT sem querer em um post. Evidentemente que foi um erro", afirmou.
Retuitar um conteúdo exige mais de um clique.
Na tarde desta quarta-feira, Moro divulgou uma nota para reforçar sua posição contrária à figura do "juiz de garantias". Bolsonaro sancionou a lei do pacote anticrime com vetos a 25 dispositivos do texto aprovado pelo Congresso há duas semanas e manteve a criação do juiz das garantias, incluída pela Câmara dos Deputados. A decisão contraria Moro, um dos propositores do pacote.