Dependente químico abandona as drogas e constrói sonhos com nova profissão
Ex-adicto chegou a morar nas ruas e hoje, como pedreiro, ajuda na construção da casa própria de muitas pessoas

O cotidiano marcado pelo compromisso, pelo zelo e pela presteza no canteiro de obras de nada lembra a antiga vida de Adriano dos Santos, de 38 anos. É que acordar nas primeiras horas da manhã para trabalhar significa, para o pedreiro, muito mais do que garantir uma renda no final do mês.
Por muito tempo, o operário se viu refém do vício no álcool e em outras drogas. No longo período nebuloso perdeu amigos, o respeito da família, o emprego e chegou, inclusive, a morar na rua por mais de quatro anos.
“Existe o fundo do poço e o fundo da fossa. Posso dizer que cheguei ao fundo da fossa, praticamente na lama. Comecei a experimentar algumas drogas e como consequência fui perdendo tudo”, relembrou Adriano, emocionado.
Foi na Comunidade Rosa Mística, uma das 35 comunidades acolhedoras credenciadas à Rede Acolhe, situada na cidade de União dos Palmares, que a mudança na trajetória de Adriano aconteceu. Após passar pelo tratamento na instituição, ele foi encaminhado pelo programa Agentes da Paz para se capacitar nos cursos profissionalizantes oferecidos pelo Centro de Referência em Reinserção Social e Produtiva da Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev).
“O mundo das drogas é como um túnel escuro onde eu passei muito tempo. Só a partir das oportunidades que tive foi que consegui sair desse lugar e enxergar a luz. Agora eu tenho vontade de caminhar, de progredir cada dia mais na carreira e, principalmente, ser feliz. Hoje estou aqui na Sanco Engenharia ajudando a construir o sonho de outras pessoas e isso me faz sentir com um sentimento de eterna gratidão”, ressaltou o ex-adicto.
Para Denir Elias, que integra o administrativo da empresa de construção civil Sanco Engenharia, acreditar que todos podem ter uma segunda chance faz parte do DNA da empresa.
“Nossa missão é contribuir para a melhoria da vida do cidadão e, consequentemente, do nosso país. Não desistimos do ser humano, muito pelo contrário, damos oportunidades justamente a quem já está sem esperança, para quem acredita não ter mais chances de mudança”, ressaltou Denir.
De acordo com o gerente de Reinserção Social da Seprev, Márcio Santos, o objetivo da pasta também é potencializar o restabelecimento dos vínculos sociais.
“É fundamental destacar o papel do Centro de Referência em Reinserção Social, uma vez que há todo um trabalho para capacitar os acolhidos e buscar oportunidades no mercado de trabalho com as empresas que são parceiras fundamentais para o fechamento desse ciclo”, disse Santos.
Sobre o Centro de Reinserção Social
Funcionando desde 2018 na Avenida Tomás Espíndola, no Farol, o equipamento da Seprev oferta cursos, oficinas produtivas e acompanhamento psicossocial de dependentes químicos que foram acolhidos e recuperados por uma das 35 comunidades acolhedoras credenciadas à Rede Acolhe.
Além de Adriano dos Santos, outras 300 pessoas foram capacitadas e mais de 50 foram reinseridas no mercado de trabalho formal e informal.
Para a efetivação dessas vagas no mercado de trabalho, a Seprev, por meio da Superintendência de Política sobre Drogas, promove ações com foco na sensibilização e mobilização com empresas e outros parceiros para a contratação dos dependentes químicos.
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