Festas de fim de ano aumentaram consumo em 2,1% na capital
A circulação do 13º salário fez com que aumentasse em 9,8% a procura por bens duráveis
O ano de 2019 foi encerrado com elevação nas vendas. A pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias, realizada pelo Instituto Fecomércio AL em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), sinaliza que após diversas oscilações ao longo do ano, houve crescimento de 2,1% nas vendas do Comércio de Maceió em dezembro passado, comparado a novembro. Apesar disso, o nível de consumo foi 6,44% menor do que o registrado em dezembro de 2018.
Na opinião do assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Felippe Rocha, esse recuo do consumo entre 2018 e 2019 reflete o momento da economia. “Mesmo em dezembro, quando o décimo terceiro aumenta o volume financeiro em circulação, os consumidores da capital ainda estavam incertos sobre a manutenção de seus empregos e isso fez com que ficassem mais contidos na hora das compras”, avalia Felippe, acrescentando que o indicador sobre a manutenção do emprego teve queda de 0,2% naquele mês, além de um recuo de 0,3% na perspectiva profissional.
A renda atual, segundos os entrevistados, apresentou elevação em 1%, comparado com o mesmo período do ano anterior, mesmo com a inflação tendo encerrado 2019 acima da registrada em 2018, 4,31% ante 3,75%, respectivamente.
Entre os que aproveitaram o período festivo para adquirir produtos e serviços, alguns optaram em postergar o pagamento para outro período. Como consequência, houve elevação de 3,8% nas compras a prazo. Os entrevistados relataram que consumiram 7,5% a mais em 2019 do que no mesmo período de 2018, mas o economista faz uma ressalva. “Essa percepção não condiz com outros dados da pesquisa, já que o consumo de dezembro de 2019 foi menor do que o de 2018. E, inclusive, as perspectivas de consumo para os próximos meses apontam retração de 1,8%”, ressalva Felippe. Para ele, muitos consumidores não têm o hábito de contabilizar os gastos para, de fato, compararem os custos nos dois anos e saberem se houve ou não um maior desembolso. Aí, se em 2019 compraram mais itens do que em 2018, acreditam que tiveram um poder de comprar maior. “Se, por exemplo, um consumidor gastou R$ 400 em dois ou três produtos e serviços em dezembro de 2018 e, em dezembro passado, gatou R$ 250 na aquisição de seis itens, se não tiver tudo anotado na ponta do lápis, certamente achará que desembolsou mais do que no ano anterior”, explica.
Além do aumento de 2,1% em comparação a novembro, a circulação do 13º salário em dezembro fez com que elevasse a procura por bens duráveis (aqueles que podem ser utilizados várias vezes durante longos períodos, a exemplo de um automóvel ou máquina de lavar roupas), que registrou crescimento de 9,8% em relação ao mês anterior.
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