Saúde

Vigilância Sanitária orienta sobre o uso de espumas, confetes e serpentinas no Carnaval

Itens, como confetes e serpentinas, devem ser usados da maneira correta

Por Agência Alagoas 12/02/2020 13h01
Vigilância Sanitária orienta sobre o uso de espumas, confetes e serpentinas no Carnaval
Paulo Bezerra salienta que é necessário observar data de validade - Foto: Reprodução

Com a chegada do período de Carnaval, a população se prepara para aproveitar os dias de folia utilizando o uso de produtos típicos, como espumas, confetes e serpentinas, que dão o tom dos festejos. Mas, esses produtos, quando não utilizados adequadamente, podem trazer sérios prejuízos à saúde, segundo alerta a Vigilância Sanitária Estadual.

Por isso, segundo o gerente do órgão, Paulo Bezerra, é necessário adotar alguns cuidados no momento de manuseá-los, visando evitar consequências graves. Isso porque, a espuma de neve, por exemplo, que é bastante popular entre as crianças, pode provocar reações alérgicas e irritação nos olhos.

“É preciso saber usar a espuma, ler as orientações descritas na embalagem e sempre comprar produtos com selo do Inmetro [Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia], que atesta a sua qualidade. Também é importante mantê-la longe de churrasqueiras e locais que aumentem sua temperatura, pois o gás que a compõe pode explodir, caso seja superaquecido”, pontuou Paulo Bezerra.

Confetes e Serpentinas – Outra tradição, aparentemente inofensiva do Carnaval, são os confetes e as serpentinas metalizados. “Essas mercadorias, em sua forma metalizada, podem gerar curtos circuitos ao entrar em contato com fios desencapados. No caso da serpentina, que fica presa à mão, pode provocar um choque fatal em contato com o fio. Para evitar que isso ocorra, a recomendação é usar os adereços de papel”, esclareceu Paulo Bezerra, ao salientar que os pais devem ficar atentos às crianças.

Já para os adultos, todo cuidado é necessário com as bebidas de rua, vendidas por meio de doses. Bezerra lembrou que as fábricas clandestinas costumam misturar iodo para que fiquem com a cor de uísque. No entanto, a substância é altamente danosa para os rins, causando danos irreversíveis.

“Até para o médico fica complicado realizar o tratamento, uma vez que, como a bebida não tem origem, ele não vai saber quais substâncias foram ingeridas pelo paciente”, ressaltou Paulo Bezerra. Ele disse, ainda, que para brincar o Carnaval, não precisa de estimulante, ou melhor, anestesiante, lembrando que o uso de substâncias inalantes, a exemplo do lança perfume e do loló, são proibidos por lei.

O gerente da Vigilância Sanitária Estadual esclareceu que o lança perfume é um produto industrializado, que entra no país de modo ilegal. “O lança perfume provoca excitação, alucinação, formigamento de extremidades do corpo, como mãos e pés, ruído alto e pode ser fatal se ingerido com bebidas alcoólicas”, alertou.

Já o loló, ainda de acordo Paulo Bezerra, é feito de forma caseira, a partir de produtos como formol, acetona e álcool, misturados com essências de frutas. Segundo ele, os dois possuem efeitos similares e representam um grave risco à saúde, além de terem seu consumo e comércio proibidos no Brasil.