Saúde

Especialista fala sobre risco e cuidados de pacientes oncológicos com o covid-19

Oncologista Paulo Duprat foi entrevistado no Na Mira da Notícia

Por 7Segundos 27/04/2020 07h07
Especialista fala sobre risco e cuidados de pacientes oncológicos com o covid-19
Coronavírus - Foto: Reprodução

O médico oncologista clínico, Paulo Duprat, explicou que pessoas que convivem com pacientes oncológicos precisam estar atentas na hora de sair e voltar para casa e, a qualquer sinal de problemas respiratórios, devem ser afastar deles.

Em entrevista ao programa Na Mira da Notícia, da Rádio 96FM, o especialista falou sobre cuidados com o tratamento durante a pandemia e os riscos do grupo contrair o covid-19.

“Muitos deles têm idade avançada e estão fazendo uso de quimioterapia, o que diminui as células de defesa. A gente sabe que o coronavírus necessita que estejamos com as nossas defesas ativas para que, quando ele entre no organismo, seja combatido. Os pacientes com patologia ou defesa baixa são pacientes que evoluem pior na infecção do covid-19”, explicou.

Questionado sobre a possiblidade de pacientes interromperam tratamentos que deixam imunidade a baixa, Paulo Duprat explicou que abandona-los pode trazer um pior resultado no futuro.

“O ideal é que esse paciente continue fazendo e tomando mais medidas de prevenção em casa, mas cada caso é um caso. Pode ser que um paciente tenha dificuldade de locomoção, precise enfrentar em vans lotadas. É preciso conversar com o médico”, disse.

O médico oncologista clínico explicou que pacientes que já fizeram tratamento contra o câncer e hoje estão curdos fazem parte do grupo de risco, a não ser que se encaixem em outros casos como hipertensão, diabetes ou ter mais de 70 anos.

“A cirurgia é necessária para o tratamento do tumor. No entanto, com essa pandemia, os riscos de infeções hospitalares pela doença são grandes, principalmente, no pós-operatório. Geralmente, esses pacientes precisam ir para UTIs e, como elas estão reservadas para pacientes com covid-19, está muito difícil conseguir operar. A recomendação é que as cirurgias sejam realizadas em pacientes graves e que não possam esperar”, afirmou.