Sem exibir provas, EUA dizem que laboratório chinês é origem da covid-19
A acusação é negada por Pequim

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse hoje que há uma "enorme" quantidade de provas de que a pandemia do novo coronavírus se originou em um laboratório de Wuhan, onde o surto começou na China. Porém, não mostrou essas supostas evidências.
A acusação é negada por Pequim. A OMS (Organização Mundial de Saúde) afirma que o coronavírus tem origem natural.
"Há uma enorme quantidade de provas de que foi ali que começou", disse Pompeo à rede ABC, sem comentar se acredita que o vírus tenha sido solto intencionalmente.
Pompeo afirmou que a China tem um histórico de "infectar o mundo" e uma de administração de laboratórios abaixo do padrão. Ele afirma que a comunidade de inteligência americana tem recolhido provas de que o novo coronavírus foi criado pelo homem e não tem origem natural.
"Os melhores especialistas até agora parecem pensar que foi feito pelo homem. Não tenho motivos para não acreditar nisso neste momento."
O secretário de Estado criticou o Partido Comunista Chinês por "esconder, distorcer e confundir" informações sobre a pandemia e utilizou a OMS (Organização Mundial de Saúde) em seu objetivo. Pompeo declarou ainda que a China teve todo o tipo de "oportunidade de evitar a calamidade".
Trump ameaça China
Na quinta-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor novas tarifas a produtos importados da China e garantiu ter tido acesso a provas que permitem afirmar que o novo coronavírus foi criado em um laboratório da cidade de Wuhan, uma acusação que foi negada por Pequim.
Em entrevista coletiva, um jornalista perguntou a Trump se ele planejava cancelar algumas de suas obrigações de dívida com o governo chinês, ao que o presidente americano respondeu: "Podemos fazer de outras formas, podemos fazer com tarifas, podemos fazer de outra forma, indo além disso sem ter que jogar esse jogo".
De acordo com o jornal "The Washington Post", que cita quatro funcionários do governo dos Estados Unidos, uma reunião de funcionários de várias agências governamentais, incluindo alguns da inteligência, foi marcada para esta quinta-feira para traçar uma estratégia de ação de retaliação à China.
Na coletiva, Trump culpou novamente o governo chinês pelo vírus SARS-CoV-2 e, em uma subida de tom, declarou que Pequim poderia tê-lo detido, mas optou por deixá-lo se espalhar pelo mundo.
Além disso, o presidente americano disse ter evidências que lhe permitem afirmar que a fonte do coronavírus é um laboratório de Wuhan, onde os primeiros casos foram detectados.
Especificamente, um repórter lhe perguntou se ele tinha provas que lhe permitissem dizer com um alto grau de confiança que o novo coronavírus era originário de tal laboratório, ao que Trump respondeu: "Sim, eu tenho, e acho que a Organização Mundial da Saúde (OMS) deveria se envergonhar".
Na visão do chefe de Estado, a OMS tem agido como "uma agência de relações públicas" para a China devido aos elogios que fez ao tratamento do vírus pelo gigante asiático. Por esse motivo, já em meados de abril, Trump anunciou que estava congelando os pagamentos à organização por de 60 a 90 dias. Segundo a entidade, até o momento, a origem do novo coronavírus é desconhecida.
Na contramão das insinuações de Trump, algumas autoridades chinesas divulgaram a teoria de que soldados americanos introduziram a doença durante a participação na edição de Wuhan dos Jogos Mundiais Militares, em outubro do ano passado.
Ainda nesta quinta-feira, a CIA (agência de inteligência americana) descartou a possibilidade de que o vírus seja uma criação artificial.
Em 2018, Pequim e Washington iniciaram uma guerra comercial que levou à imposição mútua de tarifas, embora em dezembro de 2019 tenham chegado a um princípio de acordo, que permitiu a ambos os países desfrutar de alguns meses de aparente cordialidade. Entretanto, Trump disse hoje que tal pacto é algo secundário em comparação com o coronavírus.
* Com agências internacionais
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