Em dez anos, setor industrial em Alagoas perde 41 mil empregados
Por outro lado, receita líquida das indústrias cresceu entre 2009 e 2018
O pessoal ocupado na indústria em Alagoas passou de 102,8 mil em 2009 para 61,8 mil em 2018, o que corresponde a aproximadamente 40% a menos trabalhadores no intervalo de dez anos. Os dados são da Pesquisa Industrial Anual, divulgada nessa quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A indústria geral é dividida na pesquisa entre as extrativas e as de transformação. Entre os segmentos das indústrias de transformação estão o de fabricação de produtos alimentícios, fabricação de produtos químicos, fabricação de bebidas, fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis e demais atividades da indústria.
De acordo com o estudo, Alagoas teve aumento de 13 vagas nas indústrias extrativas entre 2009 e 2018 nas indústrias com cinco ou mais pessoas ocupadas. Por outro lado, as indústrias de transformação tiveram queda na ocupação. O número de pessoas no segmento de fabricação de alimentos passou de 82,8 mil para 48,1 mil. O único aumento ocorreu no segmento de fabricação de produtos químicos, saindo de 944 para 1614.
Entre os estados da região nordeste, o Rio Grande do Norte e o Ceará também tiveram queda no pessoal ocupado no mesmo período.
Receita líquida das indústrias em Alagoas aumenta 2,7 bilhões em dez anos
Os resultados da pesquisa também revelaram que a receita líquida das indústrias passou de R$ 5,3 bilhões em 2009 para R$ 8 bilhões em 2018. Houve crescimento tanto nas indústrias de extração quanto nas indústrias de transformação.
Entre as indústrias de transformação, os aumentos mais significativos ocorreram nos segmentos de fabricação de produtos químicos (R$ 1 bilhão), fabricação de bebidas (R$ 2,7 bilhões) e fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (R$ 3,9 bilhões).
O peso regional de Alagoas na fabricação de produtos químicos
Três atividades concentram 43,5% da produção nordestina: refino de petróleo e produção de biocombustíveis (desenvolvidas principalmente no Rio Grande do Norte, Pernambuco e Bahia); indústria alimentícia (listada como uma das três principais em todos os Estados da Região); e química (na qual Alagoas, Sergipe e Bahia são os principais expoentes).
Em Alagoas, o segmento da fabricação de produtos químicos passou de R$ 216,3 milhões em 2009 para R$ 663,3 milhões em 2018 no valor da transformação industrial, isto é, no resultado da diferença entre o valor bruto da produção industrial e os custos das operações industriais.